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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[25/01/17]
Presidente da Anatel defende votação do PLC 79 pelo plenário do Senado e
parceria do TCU - por Miriam Aquino
Os dirigentes da Anatel encontraram-se hoje,25, com o relator de telecom,
ministro Bruno Dantas, do TCU, para informar que pretendem contar com a parceria
do tribunal em cada um dos estágios de elaboração da regulamentação da migração
das concessões para a autorização e a venda dos bens reversíveis. Juarez Quadros
acha até mais prudente que o PLC 90 seja também votado pelo plenário do Senado
Federal.
O presidente da Anatel, Juarez Quadros, e os demais conselheiros (Anibal Diniz,
Igor de Freitas, Leonardo de Morais) reuniram-se hoje, 25, com o ministro Bruno
Dantas, do TCU. No encontro, a Anatel disse que irá estreitar a parceria com o
tribunal na fase de elaboração das regras que irão nortear a migração das
concessões de telefonia para autorizações, conforme estabelece o PLC 79 (PL
3453), recentemente aprovado. Quadros defendeu ainda a votação do projeto pelo
plenário do Senado Federal. “Seria mais prudente que o projeto fosse apreciado
pelo plenário”, afirmou ele.
A intenção da agência é regulamentar o novo marco legal em etapas, com a
avaliação e votação pelo TCU de cada uma dessas etapas, para dar a segurança
jurídica e a transparência para o processo de mudança. “Na privatização do
sistema Telebras, o processo foi dividido em três estágios, e cada um deles teve
a aprovação do TCU. Queremos adotar o mesmo princípio agora, até porque a fase
atual é até mais complexa do que a anterior”, afirmou o executivo.
Segundo Quadros, durante a privatização da Telebras, o primeiro estágio
congregou os contratos de referência das consultorias e auditoria, a cisão da
Telebras e o próprio edital de privatização. Depois de aprovada esta etapa pelo
TCU, foram submetidos ao tribunal os documentos do segundo estágio, que incluiu
o relatório econômico e o preço mínimo de venda de 19% de participação da União
na Telebras, também aprovado pelo plenário do Tribunal. No terceiro estágio, foi
estabelecido o preço final de venda, a contratação do auditor independente, a
aplicação dos recursos arrecadados com a privatização e as despesas
administrativas do processo. E esses estágios contaram, todos, com acórdãos de
aprovação do TCU. Esse é o modelo que será adotado agora. “Essa é a vontade dos
conselheiros, após a sanção da lei”, afirmou.
A Anatel ainda não sabe quais e quantos serão os estágios necessários, mas tem a
certeza de que o processo não poderá ser muito burocrático, para não atrasar os
investimentos em banda larga, nem tão rápido que deixe qualquer pergunta sem
resposta.
“Durante a privatização, buscava-se o preço mínimo de venda. Agora, o processo é
mais complexo, pois teremos que ter a garantia do preço justo dos bens que vão
permitir a migração da concessão para a autorização”, disse.
No entender de Quadros, esse preço justo deve levar em consideração o valor da
migração, mas que não afugente as operadoras, a ponto de elas desistirem de
mudar os seus contratos. No seu entender, o cálculo deverá ser feito, conforme
sugere o TCU, desde o início da concessão até o ano de 2025, e não a partir da
aprovação da lei, conforme sugeriram alguns estudos na Anatel.
Quadros agradeceu também o apoio de Dantas ao artigo que escreveu no jornal
Valor Econômico em 2 de janeiro deste ano sob o título ” O marco regulatório das
telecomunicações”.