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Leia na Fonte: Teletime
[27/01/17]
Oposição prepara ato contra PLC 79 para dia 1 de fevereiro - por Samuel
Possebon
Parlamentares da oposição em um chamado "Comitê de Resistência ao PLC 79"
estão organizando para o dia 1 de fevereiro, em Brasília, um ato contra o
projeto de lei PLC 79/2016, que estabelece o novo modelo de telecomunicações. O
ato está convocado para acontecer em frente à chapelaria do Congresso às 10 da
manhã. A manifestação ocorre no momento em que o Congresso retoma suas
atividades. Uma das questões que deverão se desenrolar nos primeiros dias de
trabalho do Senado é uma deliberação da presidência da Casa sobre a tramitação
do projeto.
No encerramento das atividades em 2016, a oposição havia
apresentado requerimento para que o projeto fosse analisado em plenário.
Informalmente, a mesa diretora do Senado passou a informação de que os recursos
haviam sido rejeitados e que o projeto seguiria para sanção. A oposição, com a
subscrição de 11 senadores, entrou então com Mandado de Segurança junto ao
Supremo para que o recurso fosse considerado. Com isso, e com o início do
recesso legislativo, o projeto não foi enviado para sanção.
Durante o recesso, a presidente do Supremo, ministra Carmem Lúcia, determinou
que o Senado
prestasse esclarecimentos sobre o assunto, o que foi feito no dia 30 de
dezembro. A
manifestação da advocacia do Senado afirmou então que não havia sido tomada
nenhuma decisão sobre os recursos da oposição para que o projeto fosse ao
Plenário, ainda que a mesa diretora tivesse, de fato, argumentos regimentais
para indeferir os recursos. Satisfeita com as explicações, a presidente do
Supremo não concedeu a medida liminar, por não ter havido uma deliberação da
mesa sobre os recursos.
O processo foi então devolvido ao relator, ministro Teori Zavaski,
morto em janeiro em acidente de avião, e sua conclusão depende agora de um
novo relator ou da redistribuição. Mas como não há pendência de decisão liminar,
o julgamento da matéria não é necessário para que o próprio Senado encaminhe uma
solução para o impasse.
Com isso, o novo presidente do Senado (que será eleito dia 2 de fevereiro) terá
que dizer se acolhe os recursos e envia o projeto ao Plenário ou se nega os
recursos e envia o texto para sanção presidencial.
A oposição trabalha ainda com a hipótese de
questionar possíveis falhas regimentais na tramitação do projeto. Uma delas
é um erro na contagem de datas da Comissão Especial de Desenvolvimento
Econômico, que teria votado o projeto um dia antes do final do prazo de emendas.
Outro questionamento é sobre a emenda de redação feita pelo senador Otto Alencar
(PSD/BA), que em algumas interpretações está sendo avaliada como uma emenda de
mérito. Tais questionamentos podem forçar o envio do projeto para a Comissão de
Constituição e Justiça.