WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Bens Reversíveis --> Índice de artigos e notícias --> 2018
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Teletime
[11/04/18]
Flexa Ribeiro é relator do PLC 79 na Comissão de Ciência, Tecnologia e
Comunicação - por
Samuel Possebon
O senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA) será o relator do PLC 79/2016, que muda o
modelo de telecomunicações. O projeto, depois de um ano parado no Senado, foi
redistribuído para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
do Senado, para elaboração de um novo parecer. Ele foi relator da indicação de
Juarez Quadros para a presidência da agência, em 2016, e participou da extinta
Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional, onde o PLC 79 foi analisado, e na
ocasião votou a favor do projeto.
Mas Flexa fez críticas ao texto. Segundo ele, a falta de garantias para que os
recursos da reversibilidade sejam efetivamente aplicados em áreas carentes de
infraestrutura é um problema. Segundo o senador, mesmo quando municípios se
prontificam a cobrir os custos da instalação de infraestrutura, muitas
operadoras preferem não assumir a operação em regiões remotas por não as
considerarem rentáveis. "Se não houver algo que obrigue as empresas a operarem
nessas regiões, ninguém vai", disse Flexa, que mesmo assim votou favoravelmente,
sem sugerir emendas ao texto na ocasião.
Flexa é ainda autor de um projeto (PLS 53/2010), que trata da questão dos bens
reversíveis, para retirar qualquer interpretação patrimonialista da legislação.
Aliás, a proposta de Flexa é mais radical.
A proposta do senador veda a utilização do instituto da reversibilidade de bens
"sempre que a infraestrutura de suporte à exploração do serviço em regime
público estiver sendo ou vier a ser utilizada, por questões de eficiência,
também para a oferta de serviço em regime privado". Ou seja, se a rede da
operadora de STFC, hoje reversível à União, também for parte da prestação de um
serviço privado, como banda larga, por exemplo, ela deixaria de ser reversível.
Pelo projeto, "as obrigações de continuidade associadas aos serviços explorados
em regime público serão regulamentadas com base no princípio constitucional de
função social de propriedade". Nessa linha, a proposta do senador Flexa Ribeiro
ainda revoga o parágrafo único do art. 145 da Lei Geral de Telecomunicações, o
que abre a porta para uma regulamentação mais ampla sobre o uso das redes
privadas.
Mas, de acordo com o texto, haverá um acerto de contas entre União e
concessionárias em função do fim da reversibilidade. Segundo a proposta, "o
valor econômico associado à transferência de propriedade que decorrerá das
alterações contratuais (…) será previamente determinado pelo Poder Concedente,
com indicação da metodologia e dos critérios de valoração".