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Leia na Fonte: Convergência Digital
[17/12/18]
Independente do PLC 79, setor precisa pensar nos bens reversíveis, diz
Telefônica - por Bruno do Amaral
A Telefônica tem esperança de que o PLC 79 seja enfim votado em fevereiro do ano
que vem, quando o Senado passar por nova eleição de presidente. Mas,
independente da proposta que altera o marco regulatório do setor, a companhia se
prepara para lidar com a questão dos bens reversíveis em diferentes cenários.
"As concessionárias têm de se preparar para pensar nos bens reversíveis, a
valoração é necessária mesmo se o PLC não passar", declarou nesta segunda-feira,
17, a vice-presidente de Assuntos Corporativos da operadora, Camilla Tápias.
Segundo a executiva, a operadora trabalha com três cenários, dos quais a
aprovação do projeto de lei é, naturalmente, a saída ideal. As outras
alternativas são a de contingenciamento e a de algum outro tipo de acordo. "Em
qualquer uma das três possibilidades, vamos ter que valorar os bens
reversíveis", ressalta.
No caso de o PLC ser aprovado, ela sugere um diálogo no setor para encontrar a
melhor forma de tratar a questão do saldo da conversão. "Tem de haver uma
coalizão, uma conversa de setor – operadoras, fornecedores, Anatel – para
definir de que forma será investido", declara. "Se isso não acontecer, não
adianta o PLC passar. Se não chegar a um consenso, não vai haver migração."
Mais propostas
Tápias também criticou o regulamento de qualidade da Anatel. Segundo a
executiva, os indicadores não representam a realidade da prestação de serviço. E
a versão que a agência propôs em consulta pública também precisaria de mais
mudanças, na opinião dela, "no sentido de enxugar, com visão menos punitiva, e
mais construtiva".
De uma forma geral, Tápias sugere uma mudança em direção cada vez mais à
autorregulação. "Uma 'co-regulação' no começo, mas de uma forma mais
participativa, como faz a Febraban", compara. A executiva diz que o presidente
da Anatel, Leonardo Euler de Morais, apoia a ideia.