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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[14/11/18]
Anatel aprova alienação de bem da Sercomtel - por Lúcia Berbert
Para a maioria dos conselheiros, a venda do imóvel não comprometerá ainda mais a
tão combalida situação da concessionária
O Conselho Diretor da Anatel, aprovou, por três votos a um, a venda de um
terreno da Sercomtel, já que a alienação foi considerada como não indispensável
para continuidade da prestação do serviço público de telefonia fixa.
Na reunião desta quarta-feira (14), prevaleceu o voto vista do atual presidente
da agência, Leonardo Euler de Morais, que afirma ser o imóvel em questão não é
aproveitado em sua integralidade, vazio, que gera despesas de manutenção e de
impostos, não contribuindo para a atualidade do serviço, muito menos a preços
módicos ao consumidor. “Antagonicamente, onera a concessionária e a impede de
aplicar os recursos direcionados à conservação do bem vazio ao que realmente é o
foco da concessão”, ressalta.
Além do mais, considerando o cenário fático e as preocupações regulatórias
concernentes às perspectivas operacionais da Sercomtel, entende haver maturidade
regulatória suficiente para que se compreenda que uma abordagem dogmática e
absolutista sobre o instituto da reversibilidade não é a melhor fiadora da
continuidade da prestação dos serviços. “É a efetiva realização de
investimentos, aspecto indissociável da gestão eficiente dos bens, que melhor
endereça o objetivo de “garantir, a toda a população, o acesso às
telecomunicações, a tarifas e preços razoáveis, em condições adequadas”,
conclui.
O conselheiro Aníbal Diniz, que também pediu vista da matéria, acompanhou o voto
de Morais, que se contrapôs à análise do relator original, conselheiro Otávio
Rodrigues, que votou contra a alienação. O conselheiro Emmanoel Campelo também
votou com o presidente. Para ele, a questão dos bens reversíveis é arcaica, mas
tende a ser resolvida com a aprovação do PLC 79/2016, que avança no Senado. Pela
proposta, as concessões poderão migrar para autorizações e os bens reversíveis,
que teriam de retornar à União ao final dos contratos, serão trocados por
investimentos em banda larga.