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Leia na Fonte: Teletime
[19/11/18]
Senadores da oposição apresentam 16 emendas ao PLC 79 - por Samuel Possebon
O PLC 79/2016, que está aguardando para entrar na ordem do dia de votações,
recebeu até agora 16 emendas no Plenário do Senado. Terminado o prazo regular,
ainda pode ver emendas apresentadas durante a discussão no plenário. Até aqui,
são proposta de alteração no texto feitas pelos parlamentares do PT Paulo Rocha
e Humberto Costa. Uma das emendas do senador Humberto Costa visa deixar mais
claro que as empresas que prestam o serviço devem mantê-los e ceder capacidade
para que outras empresas possam fazê-lo. Já Paulo Rocha traz uma emenda que
define bens reversíveis como todos os ativos vinculados à concessão.
Os dois senadores petistas também estão sugerindo em suas emendas que o PLC 79
inclua explicitamente os elementos que serão utilizados no cálculo da adaptação,
incluindo não apenas os bens reversíveis, mas também o saldo do PGMU, multas não
pagas da concessionária, ganhos da integração das concessões permitida a partir
da lei do SeAC além de outros elementos. Querem também que a concessionária dê
garantias de que estes recursos estarão disponíveis para investimentos.
Paulo Rocha e Humberto Costa também sugerem que o saldo não necessariamente seja
investido pela concessionária que mudar de regime, mas possa ser feito por
qualquer empresa autorizada. Além disso, eles explicitamente listam o escopo dos
projetos a serem contemplados com os recursos, tal como atendimento em cidades
sem cobertura ou com pouca competição, gratuidade de acesso em locais de
interesse público.
Na questão da renovação das autorizações de uso do espectro, as emendas sugerem,
de maneira geral, mecanismos mais claros para que a Anatel possa exigir
contrapartidas e compromissos de investimentos por parte das prestadoras no caso
de renovação, e também garantias de que não haverá concentração excessiva de
espectro. Proposta similar valeria para as operadoras de satélite no caso da
renovação do direito de uso de espectro e posição orbital.
Por fim, uma das emendas do senador Paulo Rocha sugere a supressão da alteração
da Lei do Fust que beneficia as empresas de radiodifusão ao deixar claro que
elas não estão sujeitas ao pagamento do fundo.
Segundo a ECCO Consultoria, que acompanha a tramitação do projeto e fez o
levantamento das emendas, existem nesse momento dois requerimentos de urgência
já apresentados. Pelo menos um dele precisa ser lido e aprovado pelo Plenário
para que o projeto entre em votação imediatamente, e nesse caso o Presidente do
Senado designará um relator de plenário para emitir o parecer. Segundo a
consultoria, as emendas não serão analisadas enquanto a urgência não for
aprovada ou rejeitada. Se a urgência for aprovada, as emendas serão deliberadas
em Plenário, não sendo necessário passar novamente pelas comissões.
Caso a urgência do PLC 79 seja rejeitada, o PLC volta para a Comissão de
Ciência, Tecnologia e Comunicação (CCTCI) para a análise das emendas. Após a
comissão proferir parecer sobre as emendas, o projeto estará pronto para ser
incluído na Ordem do Dia do Plenário, onde entra na fila de projetos. Lembrando
que caso alguma alteração de mérito ocorra, com a aprovação de alguma das
emendas em Plenário, o projeto volta para a Câmara.