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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[07/02/20]
Anatel aprova consulta pública sobre migração da telefonia fixa - por Abnor
Gondim
A proposta, do conselheiro Emmanoel Campelo, inclui a metodologia do cálculo
referente à valoração dos bens reversíveis
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou
ontem, 6, também a proposta de regulamento sobre a migração das concessionárias
de telefonia fixa para o regime de autorização. No material está a metodologia
do cálculo referente à valoração dos bens reversíveis que devem ser convertidos
em investimentos em banda larga. Os temas são relativos à regulamentação da nova
Lei
A proposta da agência inclui as minutas da resolução que vai aprovar o futuro
Regulamento de Adaptação das Concessões do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC)
para Autorizações; dos Termos Únicos de Autorização de Serviços; e da
metodologia de cálculo do saldo da adaptação. A consulta pública durará 45 dias,
com a previsão de consulta pública em Brasília e eventos em Manaus e Fortaleza.
Ficou de fora da consulta pública o novo Plano Geral de Outorgas (PGO), que foi
colocado em processo à parte, em 30 dias, por recomendação do conselheiro
Vicente Aquino, antes de retornar ao Conselho Diretor para, posteriormente,
seguir ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Aquino foi autor de pedido de vista da matéria na reunião anterior do Conselho
da Anatel. Ele entendeu avaliar melhor o PGO.
As linhas gerais da proposta do relator da matéria, conselheiro Emmanoel
Campelo, foram mantidas, o que o levou a concordar com a recomendação de Aquino
para evitar novo atraso no lançamento da consulta pública. Considerou-se
incomodado ficar à reboque da Secretaria de Telecomunicações do MCTIC para dar
encaminhamento à matéria em vista de que o MCTIC irá editar um decreto a
respeito.
“Vou concordar apenas por absoluto dever de espírito público para permitir que o
regulamento siga o seu plano normal o mais rápido possível”, disse Campelo,
comentando que o ministério é soberano e pode acatar ou não a minuta do PGO a
ser encaminhada pela Anatel. “Saiu uma matéria dizendo que o 5G só vai sair por
causa da portaria do MCTIC. Me incomoda um pouco esse tipo de situação nesse
processo e no processo do 5G. A Anatel faz o que era pra fazer, mas só fez por
causa da portaria do ministério. Fica esse jogo de empurra e de vaidades que
acho absolutamente desnecessário”, acrescentou.
Os atuais contratos de telefonia fixa vencem em 2025. Pelos termos, as
operadoras que decidirem migrar deverão reverter o saldo de investimento
previsto em telefonia fixa para infraestrutura de banda larga. As operadoras
poderão decidir se querem ou não mudar de regime de outorga seis meses após a
aprovação do regulamento.
Entidades ameaçam ir à Justiça se a Anatel não fizer a avaliação dos bens,
conforme determinou o Tribunal de Contas da União, com base em seu valor
patrimonial.
Além da metodologia de cálculo dos bens reversíveis, a proposta inclui o ônus da
empresa como concessionária (2% da receita bruta a cada dois anos) e o cálculo
do fator X (ganhos de produtividade repassados em benefício do consumidor); o
saldo das revisões de obrigações previstas nas mudanças do Plano Geral de Metas
de Universalização (PMGU), especialmente aqueles decorrentes do PGMU III (que
vigorou até 2016) para o PGMU IV (vigente hoje), mas também as desonerações
anteriores, além das metas de backhaul.0