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Leia na Fonte: Convergência Digital
[17/04/13]
Esquecimento é o maior inimigo do Marco Civil da Internet - por Luís Osvaldo
Grossmann
Em estado criogênico desde o sexto nocaute na Câmara dos Deputados, em novembro
do ano passado, o projeto de lei 2126/2011 – mais conhecido como Marco Civil da
Internet – começa, lentamente, a passar por um tratamento de ressuscitação. Dois
eventos em Brasília voltam a discutir o tema publicamente nesta semana com o
objetivo claro de sensibilizar os parlamentares a retomarem a análise da
proposta.
O esforço se justifica. Como destacou o relator do projeto na Câmara, deputado
Alessandro Molon (PT-RJ), o engavetamento dessa discussão é o risco mais grave
de ferir de morte a iniciativa. “É importante falar desse projeto e cobrar da
Câmara sua votação para impedir o esquecimento, o grande inimigo de agora”,
destacou Molon, ao abrir nesta quarta-feira, 17/4, um seminário organizado pela
Abert e a Fundação Getúlio Vargas especificamente sobre o Marco Civil.
“É preciso empurrar a votação. Enquanto não for votado, quem perde é o Brasil.
Perde novos investimentos na Internet, perde novas empresas, perde novos
investimentos, perde a inovação, perde a livre concorrência. Perdem os usuários
na sua privacidade, no seu direito à liberdade de expressão. Perde a liberdade,
não por haver acesso proibido, mas por práticas de mercado que ao quebrar a
neutralidade da rede vão tornar inviável uma escolha verdadeiramente livre.”
Os indícios, no entanto, não são muito animadores. Embora no início da nova
legislatura tenha havido uma sinalização do novo presidente da Câmara Henrique
Eduardo Alves, de que o projeto voltaria à pauta antes do fim de abril, até
agora não aconteceu nenhuma movimentação significativa de que isso realmente
aconteça. E, como lembrou o presidente da Abert, Daniel Slaviero, há novos
atores que nem conhecem esse debate. “O desafio é mesmo não deixar o projeto
morrer, especialmente com a nova composição, as novas lideranças.”