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Leia na Fonte: Minciom
[18 04/13]
A internet é um grande ambiente de negócios
"A internet é sempre colocada como grande ambiente de diálogo, convivência e
democracia. E é mesmo. Mas é também um grande ambiente de negócio". A afirmação
foi feita pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, durante palestra na
abertura do Congresso Brasileiro de Internet, hoje de manhã, em Brasília.
Para o ministro, o comércio cada vez mais vai ser feito pela internet, assim
como transações financeiras e grandes operações de impacto econômico sobre a
sociedade. "Se nós não nos preocuparmos em estabelecer regras e boas condições,
isso vai significar onerar ainda mais a sociedade", destacou.
Assim, segundo ele, é preciso garantir um grande projeto de investimento para o
setor, desenhar um modelo consistente de infraestrutura para as telecomunicações
no Brasil. A presidenta Dilma Rousseff, assinalou, considera que isso é tão
importante quanto investir em infraestrutura de transportes terrestres, aéreos e
marítimos.
"Vamos facilitar a vida das empresas para adotarem novas tecnologias e baratear
os preços aos consumidores", disse, lembrando que o País tem hoje a sétima
posição em audiência de internet. Para Bernardo, o importante é criar condições
para a que a internet funcione melhor e com muito mais intensidade de uso nos
próximos anos.
Acrescentou a tecnologia móvel está crescendo muito e mais rapidamente que a
telefonia fixa. "Todos querem carregar sua internet no bolso", disse. E
acrescentou que "temos que fazer muita infraestrutura para suportar este
crescimento" adiantando que em 2012 o setor investiu cerca de R$ 25 bilhões, o
maior valor desde a privatização das telecomunicações.
PONTO DE TRÁFEGO
Citou o empenho do governo em estabelecer em Ponto de Passagem de Tráfego no
Brasil, em Fortaleza, para reduzir a dependência brasileira e o custo
internacional do tráfego na internet que é de cerca de US$ 500 milhões/ano.
Segundo Bernardo, existem hoje no mundo 15 pontos de passagem de tráfego, sendo
11 nos EUA, 3 na Europa e um no Japão.
Além disso, destacou o Ministro das Comunicações, é preciso garantir que a
internet chegue aos locais que ainda não têm acesso – são cerca de dois mil
municípios brasileiros que ainda não contam com rede de fibra óptica. Para
tanto, será necessário investir cerca de R$ 26 bilhões nos próximos dez anos
apenas para expandir a rede fibra óptica, e R$ 100 bilhões para ampliação de
redes, implantação de tecnologias que possibilitam a conexão à internet, por
meio de rádio ou satélites, até a casa do usuário.
O governo já investiu cerca de R$ 40 milhões do Fundo para o Desenvolvimento
Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) para levar a banda larga à zona rural
– "um lacuna que temos no setor" – e que começará a ser implantada no começo de
2013.
O ministro lembrou que, em 2011, mais de 6 milhões de domicílios ganharam acesso
à internet, enquanto que a internet móvel ganhou cerca de 22 milhões de
usuários. Atualmente, segundo estimativas, existem no País 61 milhões de
celulares conectados à rede mundial de computadores e 7 milhões de modems de
terceira geração, além do mesmo número em conexões máquina a máquina (m2m). Esse
tipo de equipamento também terá taxas desoneradas.
"Hoje, um chip conectando um ônibus a uma câmera de segurança paga as mesmas
taxas que um aparelho de celular. Como se trata de um serviço de menor valor
agregado, a tendência é que seja considerado muito caro e inibidor para o
crescimento dessas atividades", explicou.
A expectativa é que em 2020 o Brasil terá aproximadamente 1 bilhão dessas
máquinas. "Isso é mais um motivo para nos preocuparmos com a questão da
infraestrutura", afirmou. O setor de telecomunicações Brasil teve recorde de
faturamento, com mais de R$ 214 bilhões, e também de investimentos: R$ 25
bilhões – "foi o ano mais expressivo desde a privatização". A tendência é
continuar crescendo, sobretudo com a entrada no mercado na nova classe média,
estimada em cerca de 40 milhões de novos consumidores que passaram a ter acesso
a essas tecnologias.
Também participaram da abertura do Congresso Brasileiro da Internet o senador
Walter Pinheiro, o deputado Paulo Abi-Ackel, a ministra do STJ, Fátima Nancy
Andrighi, o vice-presidente do Facebook, Alexandre Hohagen, o diretor
corporativo do portal Uol, Gil Torquato, o presidente da Abranet, e o presidente
do Conselho da Abranet e conselheiro do Comitê Gestor da Internet, Eduardo Neger.