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Fonte: Convergência Digital
[06/12/13]
Teles sinalizam acordo e apoio ao Marco Civil da Internet - por Luís Osvaldo
Grossmann
As operadoras de telecomunicações anunciaram ter chegado a um acordo sobre o
texto do Marco Civil da Internet e, agora, apoiam o projeto de lei, inclusive
com a neutralidade de rede. É o que garante o SindiTelebrasil, sindicato
nacional das teles, que vem negociando junto ao relator do projeto de lei.
“Nós, o setor de telecomunicações, chegamos a um texto sobre a neutralidade de
rede em conjunto com o relator Alessandro Molon. Esse texto já chegou à Casa
Civil e, nesse momento, o setor de telecomunicações é favorável à votação”,
afirmou o diretor-executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy.
A confidência, feita durante a reunião desta sexta-feira, 6/12, do Conselho
Consultivo da Anatel, ainda precisa ganhar o campo político. Afinal, até a
véspera, o PMDB, principal aliado das operadoras no tema do Marco Civil, tentava
enterrar o projeto de lei.
Ainda nesta quinta-feira, 05/12,, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves, e o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), pediram à ministra Gleisi Hoffmann
a retirada da urgência constitucional do PL 2126/11. Se o impasse com as teles
atrapalha a votação, um acordo faria desnecessário o fim desse trâmite
acelerado.
Feita a ressalva de que o recente apoio das teles ainda não se materializou no
alinhamento político, explique-se que o acordo mencionado pelo diretor do
Sinditelebrasil vem de fato sendo costurado há várias semanas no sentido de
endereçar aquilo que as empresas alegam ser o “problema” do projeto.
Segundo as empresas, o conceito de neutralidade de rede, ao exigir tratamento
isonômico dos pacotes de dados, inviabiliza a criatividade nas ofertas. Elas
alegam que, da forma como está escrito, não será possível vender pacotes com
limites de download ou mesmo velocidades diferentes.
Para o relator, não há esse tipo de restrição. Mas o acordo caminha para ser
incluída na proposta uma menção expressa de que o Marco Civil não trata de
modelos de negócios, sendo livre qualquer estratégia que não fira os princípios
do projeto.
No mais, apesar da crença nacional de que o Marco Civil só voltará a ser
efetivamente discutido na Câmara no próximo ano, existe ainda uma certa
esperança de avanço ainda em 2013. No governo discute-se a sério a chance de
votá-lo na próxima semana.
Isso porque o verdadeiro maior empecilho para a votação do projeto nas últimas
semanas acabou: acertou-se a retirada de pauta do projeto sobre o piso salarial
dos agentes de saúde – a própria confederação nacional da categoria pediu ao
presidente da Câmara que só retome o assunto em março de 2014.