WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Crimes Digitais, Marco Civil da Internet e Neutralidade da Rede --> Índice de artigos e notícias --> 2013
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Convergência Digital
[08/07/13]
Até o Marco Civil da Internet vira prioridade após espionagem - por Luís
Osvaldo Grossmann
A espionagem norte-americana no Brasil – a exemplo do que faz no resto do mundo
– parece render pelo menos um saldo positivo: uma das reações do governo
brasileiro foi sacudir o imobilismo sobre o tema e “apressar” a votação do Marco
Civil da Internet.
No gabinete do relator do PL 2126/11, Alessandro Molon (PT-RJ), já é dado como
certo que ele será incluído na pauta ainda nesta terça-feira, 9/7. O projeto
estacionou no Plenário no fim do ano passado, depois de seis tentativas
frustradas de votação. O próprio governo não colaborou muito para a aprovação do
texto.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já indicara no domingo, 7/7, que a
aprovação do Marco Civil seria uma das reações do governo à reportagem que trata
da espionagem dos EUA no Brasil. Nesta segunda, a ministra de Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, foi levar o apelo diretamente à Câmara.
Que ninguém avise aos deputados que o projeto de lei não é capaz de impedir o
monitoramento de um único bit pelas agências de espionagem dos Estados Unidos.
Ainda que pelo motivo equivocado, aprovar a obrigação de que seja mantida a
neutralidade de rede é uma medida favorável aos internautas.
Para quem acompanhou as denúncias sobre a espionagem massiva dos EUA sobre
telecomunicações e Internet desde seu início, há um mês, já está claro que as
próprias empresas de telecom (que detém a infraestrutura) e de serviços/conteúdo
(que detém os dados pessoais) colaboram com a Agência de Segurança Nacional
americana.
E-mails, chats, VoIP, troca de mensagens, mapas, localizações georreferenciadas,
etc são serviços oferecidos por empresas como Google, Facebook, Skype, Apple,
Microsoft, Yahoo. Ainda que elas tenham datacenters no Brasil, os dados também
vão para servidores nos EUA, onde elas são sediadas.