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Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/07/13]
Anatel não pretende investigar brechas nos equipamentos de redes - por Luís
Osvaldo Grossmann
Apesar da missão de investigar o uso das redes de telecomunicações na espionagem
dos EUA sobre brasileiros, a Anatel parece pouco interessada em ir além de ler
os acertos empresarias fechados entre as operadoras que atuam no país e as
estrangeiras. Segundo o presidente da agência, João Rezende, não há até aqui
nenhum movimento para que a apuração se estenda à infraestrutura de rede e os
equipamentos como roteadores, switches, etc.
“Essa discussão sobre os equipamentos é outro debate. O que a Anatel vai fazer é
pedir os contratos de interconexão e roaming das operadoras com as empresas
internacionais. Esse caso dos equipamentos ainda temos que pensar”, disse
Rezende, nesta terça-feira, 9/7. Ao decidir ignorar o papel dos equipamentos nos
“grampos” americanos sobre comunicações brasileiras – como de resto de todo o
planeta – a agência traça um limite relevante ao alcance do que pretende
descobrir.
Isso porque faria sentido procurar verificar em que medida as redes de
telecomunicações brasileiras utilizam equipamentos semelhantes aos utilizados
nos Estados Unidos, por conta das exigências particulares dos americanos.
Lá, desde 1994, existe uma lei – Communications Assistance for Law Enforcement
Act, ou CALEA, que prevê que os equipamentos de rede facilitem os ‘grampos’.
Exatamente: a fim de contribuir com as autoridades, qualquer equipamento de rede
vendido nos EUA precisa atender essa lei.
Se as redes brasileiras utilizam equipamentos como aqueles vendidos nos EUA,
elas também terão essa ‘facilidade’ pré-instalada. E vale lembrar que nas
últimas décadas o fornecimento desses equipamentos é quase totalmente fornecido
por importações.