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Leia na Fonte: Convergência Digital
[12/11/13]
Marco Civil: dúbio, governo defende, mas admite mudar texto sobre neutralidade
- por Luís Osvaldo Grossmann
Governo e Câmara seguem empurrando para frente a votação do Marco Civil da
Internet. Neutralidade de rede, armazenamento de dados, direito autoral e
companhia seguem à espera daquele acordo que nunca vem. O que se dá como certo
nesta terça-feira, 12/11, é que uma votação não acontecerá antes da próxima
semana.
O debate segue dominado por sinais confusos do governo, supostamente defensor do
projeto de lei nos termos do relatório do petista Alessandro Molon (RJ), e pelas
vociferações do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), contrário ao texto.
Escalado pelo governo para negociar, o ministro da Justiça, Eduardo Cardoso,
pediu hoje mais “alguns dias para que possamos ter um fechamento desse texto”.
“É possível superar alguns entraves com alguma questão redacional. Acho que
chegaremos a um acordo em que a base tirará um posicionamento unitário.”
Para isso, resta demover o único “aliado” ainda contra, o PMDB. “O texto contido
no projeto original do governo é muito melhor que o texto feito pelo relator. O
que o relator propôs está interferindo na atividade econômica, fazendo com que
os usuários paguem mais caro pela utilização da Internet”, diz Eduardo Cunha.
Dúbio na “questão redacional”, o governo dá campo para Cunha, que oferece para a
votação o texto original do Ministério da Justiça, como defesa aos interesses
dos modelos de negócios das operadoras de telecom. Enquanto isso, o relator
Molon vai participando de reuniões com bancadas ou lideranças dos diferentes
partidos. O tom é de ‘esclarecimento’ sobre o projeto. Mas o principal impacto é
medir o pulso para um eventual embate no Plenário. Ou seja, saber se há votos
para descartar as emendas que certamente virão.