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fonte: Convergência Digital
[25/09/13]
Marco Civil: Novas medidas em defesa da privacidade vão entrar no texto -
por Ana Paula Lobo
Cobertura Especial Telcomp 2013O deputado Alessandro Molon, do PT/RJ, relator do
projeto, informou que vai incluir emendas para proteção à privacidade dos dados
no texto que será votado, em regime de urgência, no plenário, até o dia 28 de
outubro. Com relação à governança da Internet, Molon foi taxativo. "A Anatel não
estava na primeira versão, não está na segunda e não estará na terceira versão".
Obrigatoriedade de armazenamento de dados, segundo Molon, deveria ficar para a
Lei de Privacidade Pessoal.
O parlamentar participou nesta quarta-feira, 25/09, do VI Seminário Telcomp, que
acontece na capital paulista. Ao setor de telecom, ele fez uma rápida
apresentação sobre os principais pontos do texto - endossado pela presidenta
Dilma Rousseff. Com relação à neutralidade de rede, Molon buscou tranquilizar o
setor. Segundo ele, as restrições técnicas para garantir a qualidade do serviço
serão respeitadas. "Um streaming não pode prejudicar a entrega de um e-mail",
assegurou Molon.
Sobre as teles,e a neutralidade de rede, Molon foi incisivo. "Elas reclamam
porque isso limita os lucros de alguma forma, mas garantir desse jeito não dá,
prejudica o País. Claro que tem que colocar limites. Não somos nós contra o
setor, mas, sim, a favor do País". Outro ponto importante: O Marco Civil vai
incorporar medidas mais restritivas à privacidade.
"Queremos garantir a exclusão dos dados dos usuários das redes sociais. Hoje
eles ficam apenas indisponibilizados. E isso não é o correto". Essas medidas
serão, segundo ainda Molon, ao texto que terá de ser votado até o dia 28 de
outubro. "Se não votar, vai travar a pauta da Câmara. Queremos votar antes. Há
males que vêm para o bem. A espionagem dos Estados Unidos reforçou a necessidade
do Marco Civil", destacou.
Molon não quis adiantar quais medidas serão incorporadas - essas mudanças já
tinham sido combinadas com o governo na reunião realizada no Palácio do
Planalto, quando a presidenta Dilma Rousseff priorizou a votação do Marco Civil.
Mas um ponto, o parlamentar deixou claro: A Anatel não encontrou espaço na
governança. "A Anatel não esteve na primeira versão, não esteve na segunda
versão, e não estará na terceira versão", afirmou.
Questionado sobre a inclusão da obrigatoriedade do armazenamento dos dados no
Brasil, Molon disse que, na opinião dele, esse tema não deveria estar no Marco
Civil, mas sim na Lei de Privacidade Pessoal, que está sendo elaborada pelo
Ministério da Justiça. "Mas a presidenta Dilma quer atenção especial ao
tema.Estamos articulando e negociando a melhor forma de adequar o pedido da
presidenta", completou.
O deputado Alessandro Molon apresentou os principais pontos do texto atual do
Marco Civil no VI Seminário TelComp. Assistam.