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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[03/02/14]
Em mensagem ao Congresso, Dilma defende internet neutra, mas não cita
o Marco Civil - por Lúcia Berbert
Proposta deve entrar na pauta da Câmara nesta semana, mas ainda não há consenso
sobre a neutralidade de rede.
Em mensagem lida nesta segunda-feira (3), na reabertura dos trabalhos do
Congresso nacional, a presidente Dilma Rousseff afirmou que continuará lutando
para que a internet seja um território livre e neutro. Ela citou as ações
adotadas pelo governo após as denúncias de espionagem eletrônica da Agência de
Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), a realização do
evento para discutir uma nova proposta de governança da rede, que acontecerá em
abril, mas não citou o apoio à aprovação do projeto do Marco Civil da Internet,
que trancar a pauta da Câmara deste o ano passado.
Na mensagem, Dilma cita a resolução sobre privacidade aprovada pela Organização
das Nações Unidas (ONU), apresentada pelo Brasil em conjunto com a Alemanha. Ele
afirmou que o “Brasil se colocou na vanguarda dessa luta pela preservação da
privacidade e visando resguardar o respeito às comunicações dos cidadãos na área
de telecomunicações”. E a presidente ainda ressaltou que tem adotado medidas
para garantir a segurança cibernética do país.
Votação
Nesta terça-feira (4), uma reunião dos líderes deve definir a pauta de votação
da Câmara desta semana. O relator da matéria, deputado Alessandro Molon (PT-RJ)
defende que, independentemente de consenso, a proposta seja colocada em votação:
"Não faz sentido que a Câmara deixe de votar por conta da divergência de um ou
outro líder partidário. Mais de 15 bancadas foram contatadas e se manifestaram a
favor do projeto”, disse.
Segundo o deputado, o novo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é um
entusiasta da neutralidade. “De forma que o cenário é muito positivo para este
começo de ano, não só no Palácio do Planalto mas na Câmara também, com uma séria
de líderes que assumem lideranças de partidos e que também se entusiasmam com o
projeto, até mesmo líderes da oposição."
Encaminhado ao Congresso pelo Executivo em 2011, o projeto não tem consenso,
principalmente na chamada neutralidade da rede. Também não há acordo quanto à
obrigatoriedade de as empresas estrangeiras do setor armazenarem no país os
dados dos usuários brasileiros. A proposta tramita em regime de urgência
constitucional e tranca a pauta desde outubro do ano passado.(*com Agência
Câmara)