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Fonte: Aqui Acontece
[04/04/15]
Debate sobre Marco Civil da Internet é prorrogado até 30 de abril - por
Ministério da Justiça
O debate sobre a regulamentação do Marco Civil da Internet, previsto
inicialmente para ser encerrado na última terça-feira (31), foi prorrogado até
dia 30 de abril.
A decisão levou em conta o volume significativo de novas pautas criadas na
última semana. Das quase 300 pautas criadas pelos usuários, mais da metade foi
gerada nos últimos dois dias. Além disso, foi levado em consideração os pedidos
dos participantes para a extensão do debate.
Balanço
O debate público teve início no dia 28 de janeiro e, em dois meses, mais de 25
mil pessoas acessaram a plataforma gerando 120 mil visualizações de página. Por
meio do endereço marcocivil.mj.gov.br, 1.500 pessoas se cadastraram para
participar do debate, que já conta com mais de 700 contribuições.
O tema que mais esquentou o debate girou em torno da neutralidade de rede,
princípio que garante a isonomia dos pacotes de dados que trafegam nela.
Vigente desde junho de 2014 no Brasil, as exceções à sua aplicação, ficaram para
ser regulamentadas pelo decreto presidencial que está em debate. Outros pontos a
serem regulamentados são a privacidade na internet e a guarda de registros.
Aprofundamento da participação
A lei do Marco Civil da Internet foi instituída em abril de 2014 e estabelece
princípios, garantias, direitos e deveres dos usuários da Internet no Brasil.
Uma lei construída de forma colaborativa entre governo e sociedade utilizando a
internet como plataforma de debate.
A Lei está pautada em três pilares essenciais: neutralidade de rede, liberdade
de expressão e privacidade dos usuários.
O Marco Civil é reconhecido por ter sido inovador no processo de construção com
ampla participação popular. A regulamentação dessa importante lei da internet
brasileira buscou seguir os mesmos moldes da criação do projeto de lei realizado
em 2009.
Comparando os dois processos, Gabriel Sampaio, Secretário de Assuntos
Legislativos do Ministério da Justiça, destacou: “Estamos muito felizes com o
engajamento da sociedade civil, academia e empresas no debate. É importante ver
a participação da sociedade como um processo contínuo. Tanto isso é verdade que
apenas nessa fase da regulamentação, já tivemos mais visitas a plataforma do que
nas duas fases do debate público da lei em 2009.”