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Fonte: Olhar Digital
[28/12/15]
Zuckerberg compara internet básica grátis a bibliotecas e hospitais públicos
- por Victoria Amorim
Depois de a Autoridade Reguladora de Telecomunicações da Índia (TRAI) ter, na
última semana, pedido para que a parceira do Facebook no país, a Reliance
Communications, suspender temporariamente o acesso ao Free Basics, antigo
Internet.org, para que seus termos e condições fossem analisados detalhadamente,
Mark Zuckerberg escreveu um editorial de defesa do serviço em um jornal indiano.
O fundador do Facebook comparou o Free Basics com serviços como bibliotecas e
hospitais públicos na coluna que escreveu para o The Times of Índia. Ele afirma
que embora as bibliotecas não ofereçam todos os livros a serem lidos e os
hospitais não curem todas as doenças, eles ainda providenciam "um mundo de
coisas boas".
Dessa forma ele sugere que não é apenas porque o seu serviço ofereça
gratuitamente acesso a apenas um número limitado de sites, que ele não é um
serviço público essencial. As maiores críticas ao Free Basics dizem que o
serviço fere o princípio de neutralidade da rede ao não dar acesso a todos os
sites, mas apenas alguns escolhidos pelo Facebook.
No editorial, Zuckerberg escreveu que não está surpreso com o criticismo ao Free
Basics, pois durante o último ano houve um grande debate a respeito disso. "Ao
invés de querer dar às pessoas acesso a alguns serviços básicos de internet de
grala, as críticas ao programa continuam a espalhar alegações falsas, mesmo que
isso signifique deixar para trás um bilhão de pessoas", afirma ele.
Espera-se que o TRAI faça a sua decisão oficial em janeiro. Enquanto isso, o
Facebook deverá continuar a fazer o seu lobby para que combater os críticos do
Free Basics.