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Fonte: SEGS
[26/02/15]
CNI acompanha Assespro em posicionamento de alteração no Marco Civil da Internet
Presidente da Assespro-RS defendeu em reunião da Confederação a impossibilidade
da computação na nuvem ser tributada por ISSQN
As recentes propostas de alteração no Marco Civil da Internet, referentes a PL
do cloud computing e PL de proteção de dados pessoais, estiveram em pauta na
tarde dessa quarta-feira, 25, no Conselho de Políticas Industriais e
Desenvolvimento Tecnológico – COPIN. Letícia Batistela, presidente da
Assespro-RS, representou a Federação das Associações de Empresas Brasileiras de
Tecnologia da Informação (Assespro Nacional) e apresentou o posicionamento da
Entidade, apoiado agora pela CNI. “Não há possibilidade da computação na nuvem
ser tributada por ISSQN uma vez que tal serviço não se encontra na lista de
serviços da lei complementar 116/03”, destacou Letícia em um dos pontos citados
na apresentação.
A reunião teve a coordenação de Ingo Ploger, Vice Presidente da CNI e
empresário. Ploger apontou o ‘impacto destas questões de TI na Indústria” e, por
isso, a partir de agora o tema estará na agenda do COPIN, sobretudo na luta de
intolerância a impostos sobre cloud computing. “Termos nosso posicionamento
ratificado pela CNI é de grande relevância e demonstra a força e credibilidade
de nossa entidade”, enfatiza Letícia Batistela.
Foi uma apresentação de 30 minutos para os 25 representantes do COPIN. Letícia
esclareceu as mudanças e o que está sendo regulamentado no Marco Civil da
Internet. Da PL sobre cloud computing, a especialista defendeu a importância de
se estabelecer um teto para a tributação. O limite geral é de até 6% do valor do
serviço prestado. “Talvez a discussão deva passar por uma alíquota especial
máxima de 1%, ou sobre uma redução na base de cálculo. Não cobrar pelo serviço e
sim por uma espécie de anuidade”, enfatizou. Da proteção de dados pessoais, a
posição da Assespro é deve ser mantido, com princípios, garantias, direitos e
obrigações referentes à proteção de dados pessoais.
Conheça mais sobre as propostas de mudança em tramitação:
Marco Civil da Internet - Instituído pela Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014
e encontra-se, atualmente, sob consulta pública para construção de seu decreto
de regulamentação até o dia 20 de Fevereiro de 2015. As áreas temáticas de
discussão da consulta são: Definições técnicas e de termos relevantes ao Marco
Civil da Internet, Neutralidade de Rede (que também deverá ser objeto de
consulta pública da Anatel posteriormente), Proteção aos Registros, aos Dados
Pessoais e às Comunicações Privadas, Guarda de Registros de Conexão, Guarda de
Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de Aplicações, além de
outros aspectos e considerações.
PL sobre cloud computing - Tramitam na Câmara dos Deputados dois projetos que
tratam sobre o tema. O PLP 171/2012, de autoria do deputado Carlos Bezerra
(PMDB-MT), inclui na lista de serviços (ISS) o item "Computação em nuvem"
(serviços na internet que não requerem conhecimento, do consumidor, quanto a
localização física e configuração do sistema). A matéria tramitou pela Comissão
de Finanças e Tributação (CFT) sob a relatoria do dep. Júlio Cesar (PSD-PI),
todavia, sem que houvesse avanço em sua discussão. O projeto deverá ser
apreciado ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC e
pelo Plenário.
Já o PLP 366/2013 (PLS 386/12), do senador Romero Jucá (PMDB-RR), altera a
sistemática de cobrança do ISS e também discute a inclusão da computação em
nuvem na lista do ISS. O projeto foi aprovado em dezembro de 2013 no Senado
Federal e, atualmente, encontra-se em discussão na Comissão de Desenvolvimento
Econômico, Indústria e Comércio – CDEIC da Câmara dos Deputados, aguardando
designação de nova relatoria. A matéria deverá ser apreciada ainda pelas
Comissões de Finanças e Tributação – CFT; de Constituição e Justiça e de
Cidadania – CCJC; e pelo Plenário. No último ano o projeto foi alvo de grande
movimentação em torno da relatoria do dep. Guilherme Campos (PSD-SP), que
apresentou substitutivo desfavorável setor, principalmente, pela descrição
incompleta dos serviços do setor na lista e pela ausência de mecanismos que
garantam o fim da bitributação.
PL sobre proteção de dados pessoais - Tramitam no Senado Federal dois projetos
que tratam do tema. O PLS 181/2014, do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB),
estabelece princípios, garantias, direitos e obrigações referentes à proteção de
dados pessoais. A matéria tramita em decisão terminativa na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ, onde aguarda designação de nova
relatoria. O antigo relator da matéria, senador Aníbal Diniz (PT-AC), não
reeleito, chegou a apresentar parecer pela aprovação do projeto, com emendas, em
agosto de 2014. Em 2 de dezembro de 2014, foi realizada audiência pública na CCJ
e, após, a matéria recebeu requerimentos para redistribuição às Comissões de
Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática – CCT); Comissão de
Assuntos Econômicos – CAE; e Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e
Fiscalização e Controle – CMA. Além disso, também foram apresentados
requerimentos para que a matéria tramitasse conjuntamente com o PLS 330/13, do
senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), e o PLS 131/14, da CPI da Espionagem.
Enquanto o PLS 180/14, do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), altera dispositivos
da Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 - Marco Civil da Internet, para
estabelecer a finalidade e restringir o rol de autoridades públicas que podem
ter acesso a dados privados do cidadão na internet; prever a possibilidade de
recurso contra decisão interlocutória que antecipa tutela no âmbito dos Juizados
Especiais; e dá outras providências. A matéria está ainda em sua primeira
Comissão de apreciação (Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e
Fiscalização e Controle – CMA) e, até o fim do ano passado, estava sob a
relatoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), pendente de parecer. O projeto
deverá ser apreciado ainda pelas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania
– CCJ; e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática – CCT,
cabendo à última a decisão terminativa.
COPIN
O COPIN é um conselho temático da CNI. Os Conselhos Temáticos são órgãos
consultivos da Diretoria da CNI. Formados por 30 representantes de Federações de
Indústrias e de Associações Nacionais Setoriais, os Conselhos Temáticos se
reúnem periodicamente para discutir e apresentar informações e propostas que
orientam as decisões da diretoria e as ações da CNI na defesa de interesses da
indústria brasileira. Monitora e elabora a aplicação das políticas que dizem
respeito ao desenvolvimento industrial e tecnológico, oferecendo subsídios para
o seu aperfeiçoamento. Promove debate com especialistas e autoridades na área de
política industrial e de inovação e avalia as políticas públicas para o setor.
Assespro-RS
A Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação Regional RS (Assespro-RS),
foi fundada em 1979, com o objetivo de representar em nível nacional o setor de
informática do Rio Grande do Sul. A entidade contribui para o fortalecimento de
todas as empresas de tecnologia, regidas sob as leis brasileiras, e a
representação institucional dos seus interesses junto às autoridades públicas e
outros organismos, nacionais e estrangeiros. Além de promover parcerias entre
filiados, realiza encontros para debate de temas de interesse das empresas
associadas, estabelece rumos, zela pela difusão e prática da conduta ética nas
relações de mercado, e perante a sociedade, desenvolve programas de fomento e
apoio à atividade. A Assespro-RS promove ainda programas de benefícios de todos
os segmentos que representa, sendo eles: Software, Hardware, Treinamento,
Assessoria, Consultoria e Serviços de Informática. E para atingir tais
objetivos, busca convênios, parcerias e projetos de operação em consórcio para
serviços, treinamento, hardware e software. A instituição é engajada no Programa
Nacional de Exportação de Software, Softex2000, que proporciona apoio para
capacitação tecnológica e comercial em nível nacional e internacional das
empresas.