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Leia na Fonte: Bit Magazine
[10/06/15]  AT&T adia reunião com governo brasileiro - por Amauri Vargas

Os executivos da AT&T, incluindo o CEO global, Randall Stephenson e o vice presidente de estratégias, John Stankey, que viriam ao Brasil este mês, para se reunir com o governo brasileiro, decidiram adiar a visita, segundo informações apuradas pelo portal especializado Teletime.

As informações indicam que a direção da segunda maior tele dos EUA está preocupada com um parecer da Federal Communications Commission (FCC) – órgão regulador de telecomunicações daquele país – sobre a fusão que está prestes a acontecer entre a AT&T e a gigante de TV por assinatura, DirecTV. Havia a expectativa de que um sinal verde por parte das autoridades norte-americanas saísse esta semana, o que ainda não ocorreu.

No encontro adiado, os executivos pretendiam conversar não só com os representantes da pasta de comunicações, mas também com a própria presidente Dilma Rousseff. Além de discutir a possível fusão com a DirecTV – já que esta última controla a Sky no Brasil – as autoridades daqui enxergam na AT&T um potencial comprador para sobras da faixa de 700 MHz e2,5 GHz, que serão novamente colocadas à venda até o final de 2015.

A administração federal também entende que a companhia poderia aportar por aqui com a aquisição de um player local. Após a entrevista que o presidente da Nextel, Gokul Hemmady, deu à agência Reuters, indicando que a empresa não descarta uma potencial venda, especula-se se essa não seria a primeira opção dos americanos.

Ainda assim, outra opção para a gigante seria uma fusão ou compra de Oi ou TIM. A TIM , no entanto, apresenta a desvantagem de não possuir rede fixa, enquanto a Oi arca com o passivo de pesadas dívidas.

O jornal Washington Post reportou ontem que, para assegurar a fusão com a DirecTV, a AT&T estaria disposta a se comprometer com alguns princípios de neutralidade de rede definidos pelo FCC, evitando assim que as regras baertas da internet sejam desafiadas na prática.

Isso ocorre porque os EUA ainda não contam com regulação do setor de telecomunicações definidas por lei, como já ocorre no Brasil, desde que o Marco Civil da Internet entrou em vigor no País, em abril de 2014.