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Leia na Fonte: Tudo Celular
[04/05/15]  Facebook anuncia plataforma para desenvolvedores criarem sites no Internet.org

O Internet.org é um projeto do Facebook com a proposta de disponibilizar uma "internet limitada" a pessoas que não tem acesso à rede mundial de computadores. No Brasil, a presidente Dilma entrou em acordo com Mark Zuckerberg para oferecer o serviço na Favela de Heliópolis, São Paulo, mas a notícia desagradou a muitos ativistas devido ao risco que a proposta oferece ao Marco Civil da Internet. Com isso, mais de 30 entidades enviaram um pedido à Dilma para que a parceria não fosse levada adiante.

O Brasil não é o único país com pessoas preocupadas com a neutralidade da rede, e parece que o Facebook acabou recebendo críticas em outros lugares, também. Na Índia, o projeto recebeu uma forte reação de empresas sediadas em outros países, que acabaram abandonando a plataforma porque o Internet.org favorecia algumas operadoras em detrimento de outras. Empresas midiáticas como NDTV e Times Group acabaram saindo da iniciativa.

Com isso, a rede social busca formas de amenizar o problema. Hoje, no Newsroom, a rede social anunciou o lançamento do Internet.org Plataform. A ideia é convidar a todos os desenvolvedores a criar e oferecer seus serviços e conteúdos através do serviço de acesso gratuito do Facebook.

Em um vídeo, o CEO Mark Zuckerberg fala sobre a iniciativa e menciona que o Facebook incluirá operadoras em "parcerias não-exclusivas" para entregar os serviços básicos de graça, e que será mais "transparente e inclusiva" em como vai lidar com esses serviços através do Internet.org.

Ele ainda afirma que esses sites serão simples e eficientes em dados, para que as operadoras possam fornecer gratuitamente de forma "econômica e sustentável". Os websites não precisarão pagar para serem incluídos, e as operadoras também não cobrarão dos desenvolvedores pelos dados que as pessoas usarão.

Com isso, o Facebook está encorajando desenvolvedores a criarem sites fáceis de acessar através de dispositivos básicos e cenários que contam com bandas de internet limitadas.

Resta agora esperar para saber qual será a reação das entidades que defendem a neutralidade da rede, com essa novidade.