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Leia na Fonte: Convergência Digital
[02/10/15]  Para Mozilla, mudanças do Facebook não salvam ‘zero rating’ - por Luís Osvaldo Grossmann

A repaginada que o Facebook promoveu em seu aplicativo de acesso gratuito à internet, a plataforma agora chamada de Free Basics (no lugar de Internet.org), não eliminou os riscos que esse tipo de experiência online carrega. O disparo é da Mozilla, que desenvolve o navegador Firefox.

“A Mozilla considera que o modelo de zero rating (acesso subsidiado), no qual os usuários ganham acesso livre à aplicações e sites pré-determinados e que limita sua experiência online, é arriscado pois fortalece uma brecha digital que já existe de certa maneira em todo o mundo”, diz a empresa sobre o anúncio do FB.

Nas palavras do diretor de políticas públicas, Chris Riley, “os esforços do Facebook para relançar sua imagem ainda não refletem o compromisso de assegurar que todos possam experimentar uma internet aberta. A plataforma ‘Free Basics’ fornece algum conteúdo fora do Facebook por nenhum custo, mas ainda reforça o papel do Facebook como ‘guardião’ da internet”.

Rebatizado como Free Basics há uma semana, o até então Internet.org é uma plataforma que reúne aplicativos e páginas selecionadas da rede sobre as quais não é computado o uso de franquia de dados – daí sua gratuidade. Essa escolha, no entanto, é alvo de críticas de que a plataforma tenta criar um ‘jardim murado’ que, por ser limitado, não é internet.

Ao defender seus próprios acordos na busca de internet mais acessível – como o acerto que fez com a operadora Orange na África e Oriente Médio que também prevê uma forma de subsídio – a Mozilla sustenta que “zero rating seletivo é inquestionavelmente ruim para oportunidades de longo prazo e mesmo para a inclusão das pessoas como pretende, ao pré-selecionar opções de outros”.