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Fonte: Convergência Digital
[09/06/16]
Senado é contra inconstitucionalidade do Marco Civil da Internet - por Luís
Osvaldo Grossmann
O Senado Federal é contra o pedido do Partido da República para cortar trechos
do Marco Civil da Internet – sob a alegação de mau uso do instrumento legal para
sustentar a decisão judicial que mandou bloquear o Whatsapp em todo o Brasil. Em
resposta ao Supremo Tribunal Federal, por conta da Ação Direta de
Inconstitucionalidade movida pelo PR, o Senado lembra que a jurisprudência já
começa a caminhar na direção pretendida.
“Toda inovação no ordenamento jurídico implica discussão acerca da sua aplicação
e consequente acomodação interpretativa da sociedade e dos responsáveis pela
função jurisdicional”, diz o documento da Advocacia Geral do Senado, em resposta
ao pedido de manifestação da relatora, Rosa Weber.
Como aponta a resposta ao STF, a pretensão do PR, de impedir o uso do Marco
Civil da Internet para a medida extrema adotada pela Justiça de Sergipe, há
pouco mais de um mês, na prática já foi atingida com a reforma da ordem de
bloqueio do aplicativo pela segunda instância.
“Note-se que a interpretação defendida na presente ação direta foi obtida pelos
órgãos superiores judiciais que reformaram as decisões de suspensão dos
serviços. Pode-se inferir que o Judiciário se direciona para a interpretação
defendida pelo autor da ação”, alega o Senado.
Na ADI 5527, o PR quer que o STF considere inconstitucionais os incisos III e IV
do artigo 12 da Lei 12.965/14, que trata de eventuais sanções a provedores de
conexão e aplicações na internet. Eles tratam da III) suspensão temporária das
atividades e IV) proibição do exercício das atividades.
A ministra Rosa Weber decidiu adotar o rito abreviado e levar o caso direto ao
Plenário. Para tanto, ainda falta o Supremo receber respostas da Câmara dos
deputados, do Poder Executivo e do Ministério Público Federal.