WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Eletronet --> Índice de artigos e notícias --> 2003
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Teletime
[24/04/03] Decisão de falência da Eletronet deve ir para concessionárias
Os acionistas da Eletronet não conseguiram chegar a uma decisão sobre as
propostas de destituição de todos os direitos da sócia AES Bandeirante e
confissão de falência da operadora, em assembléia realizada nesta quinta,
24. Com isso, o conselho de administração da Lightpar, sócia controladora da
empresa, deve reunir-se nesta sexta, 25, para definir como as questões serão
encaminhadas. A expectativa é de que a decisão seja remetida às
concessionárias de energia ligadas à Eletrobrás que participam do conselho
da holding estatal.
Em caso de falência, a Lightpar, que também é credora da Eletronet (já que o
pagamento pelos direitos de passagem junto às linhas de transmissão das
concessionárias está atrasado em cerca de R$ 35 milhões) precisará encontrar
uma fórmula para apresentar às concessionárias de energia locais que permita
a indenização pela apropriação das fibras, parte dos cabos OPGW hoje usados
para a rede de segurança das linhas de transmissão de energia.
A Eletronet dispõe em caixa de cerca de R$ 2 milhões, o suficiente para
manter a operação por dois meses, sem o pagamento das dívidas com
fornecedores ou direito de passagem.
Se a falência for oficializada, a questão promete render ainda muita
polêmica entre governo e credores da operadora. Um dia antes da assembléia,
a Furukawa, um dos principais credores da Eletronet, enviou à Lightpar, uma
notificação extrajudicial de que o simples decreto de autofalência não tira
da holding a responsabilidade pelos créditos que o fornecedor tem a receber
da estatal e que a dívida não morre com a saída da AES do negócio.
O governo deve responder à altura, e provavelmente tratará a AES no âmbito
de um problema maior, envolvendo também as participações a Cemig,
Eletropaulo e as obrigações pendentes com o BNDES. A decisão está nas mãos
do presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli, e da ministra de Minas e
Energia, Dilma Roussef.
Da Redação