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Leia na Fonte: Teletime
[18/03/03] Fibras da Eletronet ficam com elétricas em caso de insolvência
Análise feita por advogados que estudam a situação dos credores da Eletronet
mostra que o cenário, caso a empresa chegue a uma situação de inviabilidade,
pode se complicar ainda mais. Contratualmente, em caso de insolvência, os
ativos da Eletronet, especialmente as fibras (os mais valiosos), ficam para
as concessionárias de energia elétrica, já que estas fibras são parte de uma
infra-estrutura essencial à manutenção dos serviços. As concessionárias
precisam dos cabos OPGW, de proteção contra raios, por onde passam as fibras
ópticas. Além disso, a infra-estrutura de telecomunicações é utilizada pelas
concessionárias para manutenção e gerenciamento da rede de energia.
Com isso, os fornecedores com créditos a receber precisarão necessariamente
recorrer à Justiça caso queiram reaver o que lhes é devido. A Eletronet é
controlada pela Eletrobrás (por meio da Lightpar). A sócia do governo na
Eletronet é a AES, que há alguns meses deixou de fazer parte do bloco de
controle da empresa por não ter acompanhado os aportes de capital. Esta
empresa, portanto, sequer é considerada pelos fornecedores como uma opção
para ressarcimento da dívida, segundo fontes ouvidas por este noticiário.
A Eletronet tem um dos maiores backbones de telecomunicações do Brasil, mas
vive em uma complicada situação financeira, com uma dívida de R$ 500 milhões
e um business plan que demanda hoje investimentos que o governo não está
disposto a fazer. A decisão em Brasília, segundo apurou este noticiário, é
deixar a empresa por sua própria conta caso não apareça proposta privada de
compra. Atualmente, fala-se de duas propostas na mesa: uma do empresário
Nelson Tanure e outra do grupo GP Investimentos. Ao longo desta terça, dia
18, foi realizada reunião do conselho da Eletronet para decidir o futuro da
companhia, mas até o fechamento desta edição ainda não havia informações
adicionais.
Da Redação