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Leia na Fonte: O Globo
[25/02/10]  Ex-presidente afirma: 'Lightpar foi aparelhada' - por Bruno Villas Bôas

RIO - Presidente da Light Participações (Lightpar) de março a outubro de 2005, o engenheiro Joaquim Francisco de Carvalho afirma que o governo Lula aparelhou a estatal desde o primeiro mandato com pessoas ligadas ao PT e ao PMDB. Segundo ele, diretores da empresa recebiam salários que superavam R$ 14 mil mensais, além de gratificações. A Lightpar, hoje Eletrobrás Participações (Eletropar), tinha como única atribuição acompanhar a massa falida da Eletronet, empresa dona de 16 mil km de rede de fibra óptica em 18 estados.

- A Lightpar virara cabide de emprego. Enviei na época carta ao ministro de Minas e Energia (Silas Rondeau) sugerindo que fosse desativada. Ela entrara em regime autofágico, existiria apenas para pagar salários de funcionários sem atividade.

Fazia parte do quadro da Lightpar Nelson Rocha, ex-secretário estadual da Fazenda do Rio na gestão de Benedita da Silva (PT). Ele era diretor financeiro. Também estava no quadro Agenor de Oliveira, sindicalista de Furnas e sambista profissional. Era o diretor administrativo.

Ao deixar a Lightpar, Carvalho foi substituído pelo sindicalista Rogério Silva, que na gestão de Marta Suplicy (PT) em São Paulo, foi chefe-de-gabinete da Prodam, empresa de processamento de dados.