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Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Fonte: Convergência Digital
[04/07/11]
PNBL exige provedor com licença de SCM - por Luiz Queiroz e Luís Osvaldo
Grossmann
O governo deixa claro que não pretende aceitar no Plano Nacional de Banda Larga,
provedores de internet que não possuam licenças concedidas pela Anatel para a
prestação do Serviço de Comunicação Multimidia (SCM).
Hoje no mercado ainda existem associações de empresas que compraram links no
atacado através da Eletronet - que continuou operando a venda de rede apesar da
situação de falência decretada pelos sócios. Desde que começou a ser
discutido o plano do governo, essas mesmas associações passaram a negociar os
links diretamente com as concessionárias de telefonia e depois os repassavam
para seus "associados", sendo boa parte empresas de informática que não estavam
em situação regular perante a Anatel.
Esse modelo de negócio tende a sumir do mercado por dois fatores. Primeiro, o
Ministério das Comunicações avisa que as futuras de vendas de links do PNBL para
oferta de Internet à R$ 35; só serão feitas para empresas que participarem do
plano. Não haverá intermediários nesse negócio, segundo explicou o
secretário-executivo Cezar Alvarez, até porque o governo não quer ninguém
alegando que não pode manter o preço estipulado no acordo.
Segundo, porque os pequenos provedores sofrerão forte concorrência com as
empresas de telefonia que não apenas podem participar do plano pela rede fixa
(através de pacotes de serviços em que a internet não poderá ser superior a R$
35 para 1Mbps, mas podem se tornar atrativos para alguns), quanto na rede móvel
3G. Nesta segunda hipótese o preço de R$ 35 das empresas de telefonia faz a
diferença na competição com os pequenos, porque o modem poderá ser subsidiado.
Os pequenos normalmente são obrigados a cobrar do cliente pelo aluguel do modem
para conexão WiFi.
Independentemente da concorrência que se estabeleça no mercado entre grandes e
pequenos, o importante foi que as empresas, cuja principal atividade era prestar
serviços de informática, não vão poder continuar a burlar o regulamento de
Serviço de Comunicação Multimídia, operando no mercado sem a devida licença
concedida pela agência reguladora.
Há estudos dentro da Anatel para o barateamento dessas licenças, porém a pressão
das empresas de telefonia tenderá a evitar que o valor caia, para impedir
eventual competição dos provedores em determinadas áreas. Ainda mais se essas
pequenas empresas conseguirem links por menos de R$ 200 junto à Telebrás.