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Leia na Fonte: Wi2be
[04/09/14]
Empresa britânica inaugura rede no Brasil em outubro
Kaia Global terá saída para a rede mundial, conectando o Brasil aos Estados
Unidos, e foco nos ISPs regionais e data centers.
A Kaia Global Networks, carrier britânica detentora de uma rede tier 2, vai
iniciar operações no país em 1º de outubro. A empresa vai conectar o Brasil ao
resto do mundo, por cabos que passam pelos Estados Unidos. Vai, também,
interligar provedores e data centers localmente. Para isso, usará a rede da
Eletronet, cujo data center já recebe seus equipamentos. O primeiro cliente é a
Minas Mais, ISP com presença principalmente no Sudeste e Sul do país. Outros já
compõem a carteira, mas a empresa não revela quais.
Segundo Clive Stone, responsável por vendas e marketing, a empresa vai revender
capacidade, locada junto a outras companhias. O executivo prefere não dar
detalhes da operação, nem o investimento para entrar no Brasil. Diz que a
iniciativa é uma tentativa de se antecipar à demanda que será gerada pelas
Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. “É o maior evento do mundo. Queremos
estar no Brasil quando a demanda global surgir”, diz.
Segundo ele, a Copa do Mundo gerou grande volume em tráfego de dados, mas os
jogos olímpicos exigirão muito mais das redes. “Durante a Copa iniciamos as
negociações para, de fato, entrar no mercado brasileiro, mas não conseguimos
começar à tempo”, conta. Apesar disso, a ideia é não abrir, ao menos até lá, um
escritório aqui. O trabalho será todo remoto. O foco, ao menos neste ano, é
conectar ISPs de todos os portes e data centers.
“Nossa rede integra EUA, Europa, Ásia e outros países da América do Sul.
Percebemos que no Brasil, algumas carriers não atendem os provedores regionais,
e as redes que os atendem não tem saída para outros países. Nós conseguimos
entregar isso. Pessoas nos EUA ou Europa poderão acessar conteúdos localizados
no Brasil, e isso fará do país um mercado mais global”, diz.
A chegada ao Brasil faz parte da estratégia de tornar a Kaia uma empresa com
rede tier 1, ou seja, capaz de conversar com toda a internet sem precisar
recorrer a redes de terceiros. De acordo com Stone, a meta é atingir o objetivo
em até dois anos. As oportunidades não faltam, garante. Para ele, a internet
brasileira ainda está na infância, com data centers e redes 10 ou 15 anos
atrasados se comparados a outros países.
“O Brasil tem poucas companhias, muito grandes, que controlam a internet. Quem
quiser se conectar, de alguma forma vai acessar serviços da Level 3 ou Embratel,
por exemplo. Aqui se paga seis vezes mais pelo acesso que nos EUA, onde a
competição é muito maior, há muito mais redes, assim como na Europa”, diz. Os
Jogos Olímpicos devem ajudar para aumentar a competição, pensa o executivo.
“Acredito que em dois anos o cenário pode mudar drasticamente. Todo mundo vai
ter que expandir a capacidade e as redes”, diz.