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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[25/02/12]
Teles apoiam a criação da Lei Geral das Antenas
Operadoras prometem sugestões ao Ministério das Comunicações, que quer unificar
as regras de instalação de estações radio-base, hoje normatizada por 250 leis
diferentes.
As operadoras de telecom apoiam a iniciativa do Ministério das Comunicações de
criar uma legislação federal única para a instalação de antenas de telefonia
celular (Estações Radio-Base ou ERBs) em todo o país, que já vem sendo chamada
de Lei Geral das Antenas. O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia Fixa e
de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), que representa as
prestadoras, inclusive apresentará ao Ministério das Comunicações sugestões para
o projeto de lei sobre o assunto.
Segundo a entidade, existem no Brasil mais de 250 leis municipais que dificultam
a instalação das ERBs da telefonia móvel, dificultando a expansão dos serviços e
o aumento da capacidade de oferta. “Há municípios que exigem, por exemplo, uma
distância de 15 metros entre a base de sustentação de antenas e os imóveis
vizinhos. Em outros, essa distância é ampliada para 100 metros. Há ainda casos
em que é exigida a autorização de 60% dos proprietários de imóveis situados num
raio de 200 metros da antena”, sustenta o sindicato.
O SindiTelebrasil destaca que o país tem 245 milhões de celulares e no ano
passado adicionou 39 milhões de novos usuários à base de clientes, sendo que
mais da metade destes (52%) são de acessos em banda larga móvel. “Para atender a
essa demanda, as empresas promovem a constante expansão das redes, que têm as
antenas entre seus elementos.”, diz a entidade, assinalando que, quando há
limitação para a instalação de ERBs, o serviço pode ficar comprometido, já que
não há outra forma de prestação dos serviços móveis que não seja pelo ar, por
meio de radiofrequência.
Apesar disso, o sindicato admite que o país tenha apenas 50 mil ERBs,
distribuídas em 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Essa quantidade de antenas
é a mesma da Itália, que tem uma área territorial de 300 mil quilômetros
quadrados, equivalente a apenas 3,5% do território brasileiro e menor que o
estado de Goiás, compara a entidade.
- A ampliação da cobertura exige também investimentos altos. Cada ERB custa em
média R$ 300 mil. Uma das formas de se financiar essa expansão seria a
utilização de recursos de fundos setoriais, como o do Fundo de Fiscalização dos
Serviços de Telecomunicações (Fistel), para o qual já foram arrecadados R$ 35
bilhões e apenas 10% foram aplicados. A quarta geração, por exemplo, utiliza
frequências mais altas, que têm menor alcance, o que demandará um número ainda
maior de ERBs para a cobertura dos serviços. A frequência de 2,5 GHz, que será
usada para a prestação dos serviços de 4G, exige um número quase quatro vezes
maior de ERBs que a faixa de 700 MHz, por exemplo, que consta do chamado
Dividendo Digital”, sustenta o SindiTelebrasil.(Da redação, com assessoria de
imprensa)