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Leia na Fonte: Hoje em Dia
[19/06/12]
Celular 4G trará nova invasão de antenas - por Bruno Porto
O aluguel de pontos estratégicos no alto dos edifícios é uma fonte de renda para
condomínios
As grandes cidades do país, especialmente as 12 sedes da Copa do Mundo de 2014,
vão ser palco de uma invasão de novas antenas de telefonia celular. A tecnologia
de quarta geração (4G), que introduzirá a internet móvel de alta velocidade no
Brasil, vai exigir, para atender o mesmo público da 3G, um número duas ou três
vezes maior de antenas. Isso ocorre porque as antenas 4G operam em alta
frequência, permitindo a transferência de dados de forma mais ágil, porém com
perdas na propagação das ondas de rádio.
De acordo com o diretor-executivo do Sinditelebrasil, entidade que representa as
empresas de telefonia, Eduardo Levy, a primeira onda da invasão de antenas nos
espaços públicos está para começar e vai até 2014, quando, durante a Copa, a
expectativa é de operação 4G nas 12 cidades-sedes, incluindo Belo Horizonte.
Nesse prazo, essas cidades vão ganhar mais cinco mil antenas, pelo menos. “Como
as frequências mais altas têm menor alcance, o número de torres vai aumentar
muito e, para isso, precisamos vencer algumas dificuldades”, afirma.
Conforme as empresas, haveria barreiras dos órgãos licenciadores municipais para
a instalação de torres. “Primeiro, é importante deixar claro que o risco gerado
pela radiação é um equívoco. A questão é estética. Celular faz tão mal para a
saúde como o talco para o bebê”, defende Levy.
A entrada em operação de um número alto de novas antenas motivou o Ministério
das Comunicações a iniciar estudos para a elaboração de um projeto de lei que
facilite a emissão das licenças para instalação das estações radiobase, a
chamada Lei Geral das Antenas.
Levy sustenta que existem exigências exageradas pelos órgãos municipais, como a
necessidade de apresentação de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de
Impacto Ambiental (EIA-Rima).
“Ora, se não há impacto ambiental, qual o motivo de exigir um levantamento
desse? O prazo para avaliar a licença chega a 10 meses”, reclama.
O gerente de licenciamento de infraestrutura da secretaria de Meio Ambiente de
Belo Horizonte, Natanael Braga, afirma que, se a empresa que solicita a licença
apresentar todos os documentos necessários, a permissão é dada em 30 dias. “O
problema é que sempre falta documento ou os documentos não apresentam as
informações que são exigidas, como laudos incompletos”, observa.
Braga afirma que a demanda por antenas é proporcional à densidade demográfica de
cada região. Sendo assim, a maior procura por espaços para antenas é na Região
Centro-Sul de Belo Horizonte, onde existe maior utilização de aparelhos móveis.
O leilão das faixas 4G foi realizado na semana passada pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel). Dos 269 lotes colocados à venda no leilão, apenas 54
foram arrematados.
Os outros serão oferecidos em novas rodadas de licitação. O preço mínimo de
todos os lotes somados chegava R$ 3,85 bilhões, mas o total arrecadado foi de R$
2,93 bilhões. O ágio médio foi de 31,27% em relação ao valor mínimo de R$ 2,232
bilhões dos lotes adquiridos pelas empresas, conforme informações do órgão
regulador.