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Fonte: Teletime
[22/10/13]
Excesso de leis bloqueia 30% da instalação de novas antenas da TIM - por
Bruno do Amaral
Um dos problemas de fazer a expansão da cobertura móvel é a necessidade de
adequação a cada legislação municipal, agravado pela necessidade de cumprimento
de metas do leilão do 4G. O CTO da TIM, Carlo Filangieri afirma que a operadora
conta com grandes dificuldades na instalação de antenas. "Mais ou menos 30% dos
sites bloqueados por falta de licença, e estamos aguardando". Ele reclama do
prazo de licenciamento de instalação do equipamento, que é de, em média, 140
dias. "Na Itália, tudo mudou quando foi aprovada uma lei comum para todos
(prestadores de serviços móveis) em que cada município tem de responder em 30
dias se será aprovado ou não", compara. A situação brasileira prejudica também a
concepção de projetos de maior prazo. "No caso das operadoras, elas têm plano
anual de sites, então precisam saber com certeza se podem tê-las licenciadas."
Contrariando a reclamação do setor, Filangieri diz que, apesar da morosidade e
burocracia que retardariam a expansão da rede, o tráfego médio de dados por
usuário não é alto o suficiente a ponto de demandar urgência. "Acho que a
situação no Brasil não é assim tão dramática como está parecendo", criticou ele
em debate no Rio de Janeiro na Futurecom 2013.
Por sua vez, o diretor de planejamento e tecnologia de redes da Telefônica/Vivo,
Leonardo Capdeville, também reclama do excesso. "Quem legisla são os municípios,
então poderemos chegar a ter 5.700 leis distintas. Tem quem fale de solo, tem
radiação; é uma confusão", declara. O executivo acredita que deveria haver uma
padronização para legislação na implantação de antenas e das pequenas células.
"O ruim da legislação é que site grande ou pequeno, bonito ou feio, é tratado da
mesma forma. Não distingue célula de alta ou baixa qualidade, se é
infraestrutura ofensiva no aspecto urbanístico", reclamou ele.
Capdeville diz que o SindiTelebrasil lembrou, conforme informação já antecipada
por este noticiário, um "código de engenharia" que normatiza como sites são
feitos, apresentando às prefeituras uma espécie de "melhores práticas" da
instalação dessas antenas. "Uma concessionária de energia não precisa de
autorização para cada poste, porque tem um padrão. Por que telecom precisa? ",
indaga.