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Leia na Fonte: Teletime
[20/07/16]
Anatel marca debate sobre proposta de regras de exposição humana a campos
magnéticos - Lúcia Berbert
A Anatel realiza no próximo dia 28, em Brasília, a audiência pública para
debater a proposta de regulamento sobre a avaliação da exposição humana a campos
elétricos, magnéticos e eletromagnéticos. A proposta está em consulta pública e
ganhou importância maior diante da decisão do Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios, de exigir a retirada de antenas de celulares localizadas
próximas às escolas públicas do DF e que pode deixar os usuários do serviço sem
comunicação na Capital Federal.
A proposta da agência prevê que o licenciamento de uma estação necessitará de
avaliação de uma empresa habilitada, e não mais de um laudo dado por pessoa
física, conforme recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). Além disso,
os cálculos teóricos devem seguir os níveis estabelecidos por lei e o relatório
de conformidade deve ser digitalizado no site da agência, que poderá ser
acessado pela população em geral.
A proposta adequa o regulamento, que é de 2002, à lei 11.934, sancionada em
2009, que ajusta os limites de exposição humana a campos eletromagnéticos às
orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). As determinações valerão
apenas para os novos sites ou aqueles que sofrerem alterações em suas
características. As exigências para a telefonia móvel não mudam.
As operadoras esperam uma atitude mais afirmativa da agência, para evitar que
decisões como a do MP do DF prejudiquem o serviço para milhões de usuários da
telefonia móvel. No caso de Brasília, a retirada das antenas resultará num
efeito cascata, que prejudicará o serviço não apenas nos locais próximos às
escolas, mas em todo o Distrito Federal, já que os sites são utilizados para
instalação de repetidoras.
Além disso, esclarecimentos maiores sobre os efeitos da exposição humana a
campos magnéticos podem influenciar na análise dos pedidos de instalação de
antenas. Para as teles, a Lei Geral das Antenas, aprovada em 2015, que limita o
prazo para que as autoridades se manifestem sobre os pedidos de instalação,
ainda não surtiu os efeitos desejados.