WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Lei Geral das Antenas --> Índice de artigos e notícias --> 2017
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[04/10/17]
Restrição à instalação de antenas é barreira à 5G - por Lia Ribeiro Dias
Operadoras destacam que preparar o Brasil para a 5G demanda resolver os
problemas de legislação relativos tanto à instalação de antenas, já que a
tecnologia exige muito mais sites do que a 4G, quanto ao lançamento de fibras,
sejam aéreas sejam em dutos. Na 5G, todos os sites terão que ser conectados por
fibras.
Como a 5G vai demandar mais antena, por usar faixas de espectro mais altas, e
mais fibra óptica, pelo fato de toda a interconexão entre sites ser nessa
tecnologia, as operadoras alertam que o país precisa começar já a discutir como
tornar mais flexível a legislação de infraestrutura.
Ou seja, preparar-se para a nova geração da telefonia móvel, como ficou claro no
painel sobre o tema realizado hoje, 4, no Futurecom 2017, não significa
acompanhar os debates mundiais sobre a escolha de frequências.
Significa regulamentar a Lei das Antenas, que trata da instalação de antenas em
cidades e do uso de dutos em estradas, e buscar caminhos para facilitar a
implantação de fibra em área urbana.
O alerta foi dado por Leonardo Capdeville, CTO da TIM, e por Márcio Estefan,
vice-presidente de Negócios da Algar Telecom. De acordo com Capdeville, o Brasil
já tem menos antenas em 3G e 4G, em relação a países europeus e aos Estados
Unidos, do que seria necessário em função de suas dimensões geográficas,
justamente em função das restrições impostas por muitas prefeituras. Ele lembrou
que em capitais como Belo Horizonte e Goiânia não se instala uma antena celular
há quatro anos. Outra dificuldade está na negociação com as elétricas para
passar as fibras aéreas e com as concessionárias dos dutos para enterrar as
mesmas fibras.
Se há obstáculos na infraestrutura, Capdeville destacou o sucesso da limpeza da
faixa do 700 MHz, num esforço conjunto de Anatel, radiodifusores e operadoras,
inclusive com a antecipação do cronograma. A experiência positiva da migração da
TV analógica para a digital com a transferência da faixa para as operadoras que
compraram as licenças foi mencionada também por Wilson Cardoso, diretor de
Tecnologia da Nokia para a América Latina, ao defender que o mesmo processo seja
feito com a faixa de 600 MHz, hoje usada pela radiodifusão. Ele recomenda que
essa faixa venha a ser destinada para a cobertura rural pela 5G, para atender ao
agronegócio, uma das verticais escolhidas pelo Plano Nacional de IoT. De acordo
com ele, nessa faixa de frequência com uma única radiobase é possível cobrir de
90 quilômetros a 100 quilômetros.