Fonte: CorreioWeb
O consumidor terá que trocar o aparelho de rádio para ouvir as rádios
digitais. A expectativa do Ministério das Comunicações é de que o aparelho
mais barato custe de R$ 60 a R$ 70. O Ministro das Comunicações, Hélio
Costa, imagina que em um ano todo o sistema tenha migrado para o digital.
“As empresas de fabricação Sansung e Sony me informaram que farão um rádio
que custará em torno disso”, afirma o ministro.
O novo rádio terá as duas opções. Irá recepcionar tanto as rádios AM e FM
atuais, em sinal analógico, quanto as novas rádios que transmitirão em sinal
digital. Para iniciar a fabricação dos novos rádios, as empresas esperam a
decisão do governo federal sobre qual sistema de transmissão será adotado
pelo país, o que deve ocorrer em no máximo 60 dias. Outra opção que poderá
chegar ao mercado brasileiro são os conversores. O aparelho permite que os
rádios atuais captem as transmissões digitais. Ele hoje é utilizado nos
Estados Unidos e na Europa. Mas o ministro tem dúvidas sobre sua utilização
no Brasil, “a menos que custasse no máximo R$ 10”, diz.
Os novos rádios não recepcionarão as rádios de ondas curtas (OC) e o
ministério ainda não sabe como fazer para que essas rádios cheguem ao
consumidor. “O rádio de ondas curtas foi perdendo posição nos últimos anos.
Não temos mais de 50 emissoras no Brasil, se tivermos. Ficamos sem ter como
medir o impacto que causaria acrescentar o dispositivo de ondas curtas em um
rádio AM e FM digital, porque encareceria o rádio. Talvez possamos fazer um
rádio exclusivamente de ondas curtas ou um receptor. É uma questão de
conversar com a indústria”, explica o ministro.
Para baratear ainda mais o preço do novo rádio, o governo federal estuda a
possibilidade de fazer um acordo com as indústrias. A idéia é fazer um
acordo em que os empresários diminuam a margem de lucro e o governo diminua
os impostos. “Uma questão foi levantada pelos empresários do setor e eu vou
levar ao presidente da República: Eles me disseram que 40% é a margem do
lucro do revendedor e 35% são impostos. Tem que ter uma discussão nesse
sentido”, adianta o ministro das Comunicações. [Agência Brasil]