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Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Fonte: ABERT
[11/12/08]
Abert entrega relatório final para rádio digital
(com 500 páginas, resultante de 9 meses de trabalho do Instituto
Mackenzie) + Nota de Helio Rosa sobre esta notícia
Audiência com o ministro Hélio Costa reuniu representantes do setor de
radiodifusão e do Instituto Mackenzie
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) entregou nesta
terça-feira (9/12) ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, o relatório final
dos testes realizados com o sistema Iboc para a implantação do padrão de rádio
digital no país.
A entrega foi feita pelo presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero, e pelo
vice-presidente Emanuel Soares Carneiro. Eles estiveram acompanhados do diretor
do Laboratório de Rádio e TV Digital do Instituto Mackenzie, professor Gunnar
Bedicks, e do ex-presidente da Abert, José Inácio Pizani, do diretor-geral da
Abert, Flávio Cavalcanti Jr., do assessor técnico da Abert, Ronald Siqueira
Barbosa, além de representantes do setor:Comandante Djalma Ferreira (Abert),
Marco Túlio (Globo), Paulo Tonet Camargo (RBS), Carlos Coelho (BAND), Flávio
Lara Resende (BAND) e Francisco Rusnique (Cultura SP).
Com cerca de 500 páginas, o documento é resultado de nove meses de trabalho de
campo e análise de especialistas do Instituto e da própria entidade.
O sistema norte-americano operou em caráter experimental em emissoras AM e FM de
Belo Horizonte, Ribeirão Preto e São Paulo. Foram analisadas as condições de
transmissão e recepção e a robustez do sinal digital, com acompanhamento de
engenheiros do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel). Participaram dos testes as emissoras Cultura AM,
Sompur FM e Sistema Clube de Comunicação FM, em São Paulo, e Rádio Tiradentes
AM, em Belo Horizonte.
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Nota de Helio Rosa:
O texto que e segue não faz parte da notícia acima. Localizei-o, somente em
2009, no site da ABERT e o inseri aqui, como atualização, em 21/02/12.
O texto do "Relatório Final" está com o link "quebrado" nesta data.
Está citado neste "post" de 2009 do Bloco Tecnologia do Portal WirelessBRASIL:
03/05/09
Transcrição parcial do Relatória da ABERT:
Relatório parcial da ABERT sobre os testes com o Rádio Digital padrão IBOC:
"Conclusões" e "Recomendações":
Apresentação
A migração para a transmissão digital tornou-se uma necessidade à sobrevivência
do rádio brasileiro. Diante dessa realidade, durante nove meses, a equipe
técnica constituída por profissionais da Associação Brasileira de Emissoras de
Rádio e Televisão - ABERT e do Laboratório de Rádio e TV Digital da Universidade
Presbiteriana Mackenzie realizaram testes com o sistema americano HD Radio,
desenvolvido no padrão IBOC (In Band On Channel), com o objetivo de levantar o
desempenho e cobertura do sinal para subsidiar as decisões do governo brasileiro
em relação ao sistema de rádio digital a ser adotado no Brasil.
Segundo Guias Básicos publicados pela Agência Nacional de Telecomunicações -
Anatel foi possível a elaboração de procedimentos de testes, que levaram em
consideração a real situação de instalação e operação das emissoras de rádio AM
e FM de Belo Horizonte, Ribeirão Preto e São Paulo que, inclusive, já possuíam
autorizações para operarem com fins científicos e experimentais. Os testes foram
acompanhados por representantes do Ministério das Comunicações e da Anatel.
O relatório a seguir apresentará resultados dos testes realizados e os
resultados obtidos, mostrando: a funcionalidade do sistema, a qualidade do
áudio, a cobertura
do sinal e a simultaneidade da transmissão analógica e digital (simulcast).
É importante destacar e reconhecer a participação: da Câmara de Rádio da ABERT,
da Associação Brasileira de Radiodifusores - ABRA e das Associações Estaduais de
Emissoras de Rádio e Televisão, em especial a Associação das Emissoras de Rádio
e Televisão do Estado de São Paulo.
Este relatório é uma grande conquista para o setor de radiodifusão e para o
Brasil, sendo um registro fidedigno dos estudos ocorridos, dos procedimentos
elaborados e dos testes realizados. É sem dúvida um marco histórico para o rádio
e uma singular contribuição rumo a digitalização dos sistemas de transmissão.
Daniel Pimentel Slaviero Brasília-DF, 02 de dezembro de 2008.
Presidente da ABERT
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CAPÍTULO VIII - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
VIII.1 – Conclusões
Os resultados alcançados pelo padrão IBOC nos testes realizados no Brasil, nos
permitem concluir que ele é adequado à necessidade premente de digitalização das
estações brasileiras.
Essa necessidade não é somente dos radiodifusores, mas também de toda a
sociedade, que tem no Rádio o principal veículo de comunicação social, e
mantê-lo como tal é um dos objetivos centrais de todo esse trabalho.
Atualmente, não há outro padrão disponível, em situação operacional, para a
digitalização do Rádio, principalmente se levarmos em conta o interesse da
Radiodifusão Brasileira em dispor de um padrão que atenda, ao mesmo tempo, a FM
e a OM.
O padrão IBOC é o que proporciona a transição de tecnologia com o menor impacto
possível, tanto para as emissoras como para o público em geral:
- A emissora opera no seu próprio canal, não implicando novo planejamento de
canais e reforçando a fidelização do público ouvinte;
- Não há necessidade imediata para o público ouvinte de adquirir novos
receptores, uma vez que as transmissões híbridas permitirão que ele aguarde até
que os preços lhe sejam acessíveis;
- Mais de dez fabricantes mundiais, entre eles os maiores, já têm o padrão IBOC
em sua linha de produção;
Cada radiodifusor poderá iniciar a transição de acordo com sua disponibilidade,
mas levando em conta a necessidade de manter o seu público ouvinte.
A digitalização do Rádio traz a oportunidade de as emissoras recuperarem a
competitividade no mercado nacional, conquistando um público que já nasceu na
era
digital.
VIII.2 – Recomendações
Em função dos testes realizados, dos resultados obtidos, das observações e
análises deles decorrentes, consideramos importante apresentar algumas
recomendações,
conforme apresentamos a seguir.
- A principal recomendação ao final deste trabalho é que seja adotado o padrão
de transmissão IBOC no Brasil, tanto para AM quanto para FM, permitindo às
emissoras colocarem a tecnologia digital nas suas transmissões.
- A segunda recomendação é que a adoção do padrão seja feita no menor prazo
possível, de modo a não retardar ainda mais o ingresso do Rádio na
tecnologia digital, para que ele não perca a capacidade de competição com os
outros meios de comunicação, todos digitais.
- Diante da constatação das enormes fontes de ruído existentes nos grandes
centros, recomendamos que seja planejado e executado um levantamento de ruídos
radioelétricos em todas as faixas de freqüências em que haja serviços
autorizados de telecomunicações, incluindo os de radiodifusão, de modo a
permitir um maior controle sobre suas causas, preservando a qualidade na
prestação dos serviços.
- Diante das discrepâncias encontradas entre os valores previstos teoricamente e
os medidos, principalmente na faixa de onda média, recomendamos que seja
promovido um levantamento dos dados do Brasil, especialmente no que respeita à
condutividade do solo e ao comportamento da ionosfera, de modo que possamos
contribuir internacionalmente com a nossa base de dados para um melhor
aproveitamento dos modelos de internacionalmente reconhecidos.
- Outro importante passo a ser dado é incentivar a indústria nacional de
receptores a produzir a tecnologia IBOC no Brasil, ao mesmo tempo inserindo seus
produtos em todas as mídias.
Engª TEREZA DE MACEDO MONDINO
TM Consultoria em Telecomunicações Ltda.
Prof. GUNNAR BEDICKS
Instituto Presbiteriano Mackenzie
Engº RONALD SIQUEIRA BARBOSA
Associação Brasileira de Emissoras de Radio e Televisão
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Relatório FinalTabelas
Anexos
Anexo
01
Anexo
02
Anexo 03
Anexo
04
Anexo
05
Anexo
06
Anexo 07