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Fonte: AdNews
[02/10/09]   Comentário sobre a matéria: Uma tecnologia nacional para o Rádio digital - por Silva Gomes

Referência:
Fonte: Tele.Síntese
[02/10/09]   Uma tecnologia nacional para o Rádio digital - por Hilton Alexandre
(...) Venho defendendo uma guinada no rumo das discussões do Rádio Digital. Cada vez mais me convenço que devemos seguir o exemplo bem sucedido (na migração) da TV Digital (...)

Silva Gomes:
Exemplo bem sucedido de migração da TV Digital? De onde saiu isso?
Depois de quase dois anos de TV Digital e a maioria da população coberta por transmissões de TV Digital, a verdade é que os radiodifusores ainda estão transmitindo para poucos ou mesmo para ninguém, como já admitem diversas autoridades nesse site.
A transição para a TV Digital não ocorrerá antes do final da próxima década. Tudo isso porque a tal da "tecnologia nacional", que de nacional tem menos que 1% de valor agregado, não é mais do que uma reserva de mercado disfarçada, que acabou por inviabilizar economias de escala na fabricação de microeletrônica barata.

A tal fabrica de chips japonesa que teoricamente poderia resolver essa questão, não deu as caras por aqui até hoje.
E tudo isso culminou com a inexistência de receptores de custo acessível para a população da TV aberta.
Enquanto pagamos de R$299 a R$1mil por um receptor, no exterior há conversores em abundância por R$70,00 e mesmo abaixo.

Enquanto no Brasil só alguns modelos de telas LCD de alto custo possuem conversor incorporado, em países mais adiantados, 100% dos aparelhos de TV, dos mais econômicos aos mais caros, são vendidos com receptor integrado.

Enquanto há TV no celular em abundância, aqui o que temos é retórica de marketing. Isso é fato, não é ficção ou especulação.

Desesperado, o Governo financia através do BNDES a desova dos produtos do "nosso" padrão para países vizinhos, para ver se a equação da economia de escala ainda tem alguma chance de funcionar.
Quer fazer a Argentina engolir equipamentos de 60Hz quando todo o legado ali é de 50Hz.
Algo muito parecido a querer impor uso de freqüências de Rádio não harmonizadas para outros países. Ninguém sabe se isso vai resultar em algo sólido. E mesmo assim, como a América Latina não garante economias de escala internacionais para qualquer padrão de massa que seja, a população brasileira - não os radiodifusores, que não precisam assumir a parte do leão dos custos da TV Digital- , acabou refém de uma armadilha de alto custo de produtos, sem solução no curto prazo.

Seguir o modelo de migração da TV Digital Terrestre decididamente não parece uma boa recomendação para o Rádio, cujo modelo de negócios é ainda bem mais frágil que o da TV aberta. Melhor é seguir o que for dar certo lá no exterior, o que ainda não aconteceu, antes de pregar novas aventuras de alto custo

Alex: O problema é que esta tecnologia já sai perdendo de cara para a web. Enquanto as rádios ficarem focando em jabá e breaks comerciais com 7 minutos de duração, as mais de 30 mil emissoras web irão nadar de braçada, graças a Deus!