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Leia na Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[06/12/12]
Testes apontam que tecnologias de rádio digital são insuficientes
O secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo
Lins, declarou nesta quarta-feira (5/12), em audiência pública, que devem ser
realizados novos testes com o rádio digital e será proposto no Conselho
Consultivo do Rádio Digital a utilização de equipamento padronizado (standard).
“As nossas equipes técnicas avaliaram que nenhuma das duas tecnologias é
suficientemente boa nesse momento”, afirmou. A decisão reforça a posição da
sociedade civil, que defende ser necessário mais tempo para ampliar o debate
sobre o padrão a ser adotado no país.
O evento foi solicitado pelo deputado Sandro Alex (PPS-PR), relator da
Subcomissão Especial de Rádio Digital (Subradig), e aconteceu na Comissão de
Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara. Estiveram presentes
representantes do padrão americano (Rádio HD) e europeu (DRM) de rádio digital,
empresários de radiodifusão, Ministério das Comunicações, deputados e
representantes das empresas públicas. O presidente da Associação de Rádios
Públicas do Brasil (Arpub), Mário Sartorello, lamentou que não tivessem sido
convidadas as rádios comunitárias, “que também compõem o campo de emissoras
públicas”.
O secretário dos Ministério das Comunicações informou também que o órgão definiu
que os canais 5 e 6 a serem liberados pelas TVs analógicas serão reservados para
transmissões de rádio no Brasil. A decisão sobre a possível migração das
emissoras AMs para esse espaço que possibilita uma melhor qualidade do sinal,
mas alguma perda na abrangência, deve ser discutida ainda. O mesmo procedimento
já foi realizado no México. Segundo o representante do governo, a faixa de
freqüência liberada seria utilizada para a implementação de “serviços públicos”.
Os empresários manifestaram bastante interesse na migração das emissoras AM para
a faixa de freqüência correspondente aos canais 5 e 6 da atual TV analógica.
Segundo o gerente-geral de Tecnologia do Sistema Globo de Rádio (SGR), Marco
Túlio Nascimento, a opção por um padrão de rádio digital “não deve ser pelo
caminho da tecnologia, mas pelo modelo de negócios”.
Rádios comunitárias defendem digitalização para todos os atores
O Movimento Nacional de Rádios Comunitárias realiza nos dia 6, 7 e 8 de dezembro
uma série de atividades em Brasília em defesa das rádios comunitárias. Em sua
“Carta da Sociedade Brasileira sobre a digitalização do Rádio no Brasil” (http://movimentonacionalderadioscomunitarias.blogspot.com.br/)
propõe ao Governo Federal e às entidades que integram o Conselho Consultivo do
Rádio Digital do Ministério das Comunicações que considerem alguns princípios.
Dentre esses, espera-se uma “digitalização para todos os atores que tiverem
interesse em migrar para a nova tecnologia, tratando com especial atenção as
rádios comunitárias, as rádios públicas, e mesmo as pequenas rádios comerciais
do interior”.
A agenda de mobilização prevê a entrega da carta na tarde de quinta (6) ao
Ministério das Comunicações, seguida por uma caminhada e uma vigília em frente
ao Palácio do Planalto. As atividades incluem reuniões com o Governo Federal,
entrega da carta de princípios ao Conselho Consultivo do Rádio Digital,
avaliações e confraternização, estendendo-se até sábado (8), pela manhã.