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Leia na Fonte: ABERT
[20/06/12]
Modelo de rádio digital pode ser decidido este ano, diz Paulo Bernardo
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira, 19,
durante a abertura do 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, que o governo
pode definir ainda em 2012 o modelo de rádio digital a ser usado no país. Para
ele, a decisão reforça a capacidade econômica do setor.
“Acho que temos maturidade e acúmulo de informações que nos permitem decidir
isso neste ano”, disse. Hoje, segundo o ministro, é extremamente corriqueiro as
rádios se conectarem e uma pessoa ouvir rádio pela internet. “Essas mudanças têm
que ser incorporadas e temos que dar ao setor de radiodifusão flexibilidade e
pujança para que ele consiga se manter”, afirmou.
O ministro defendeu também a revisão da legislação que rege a radiodifusão no
Brasil. Segundo ele, o Código Brasileiro de Telecomunicações, de 1962, está
defasado e deve ser atualizado, respeitando o princípio da liberdade de
expressão.
“Temos que atualizar uma lei que tem 50 anos e desconhecia, na época, o advento
de todas essas tecnologias”, disse. “Isso não tem nada de incompatível com a
liberdade de expressão. Ela foi conquistada pela sociedade brasileira, está na
nossa Constituição e é um consenso absoluto entre todos nós”, completou.
Outro aspecto que precisa ser revisto, de acordo com Paulo Bernardo, é a
estrutura do Ministério das Comunicações. Ele reconheceu que a pasta tem
estrutura deficitária, lembrando que a tramitação de alguns processos, como o de
concessão de rádio e TV, leva anos para ser concluída. O ministro destacou, no
entanto, os esforços do governo e do setor para resolver o problema.
“Estamos começando um trabalho, inclusive com apoio financeiro da Abert, para
informatizar os nossos processos. Queremos eliminar o quanto antes os processos
em papel. Hoje nós temos casos, por exemplo, de uma emissora que tem três ou
cinco processos tramitando e eles não estão unificados”, comentou Bernardo.
Ele adiantou que assinará nesta quarta-feira, 20, um convênio para que a Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) assuma os processos referentes à
engenharia. São cerca de 10 mil processos que aguardam resolução.