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Lei na Fonte: Rádio Najuá
[08/05/12]
Seminário de Radiodifusão - Mudanças simplificam regulamentação e dão seriedade
a licitação de rádio
Obs: Foto com Daniel Pimentel Slavieiro da Abert; ministro Paulo Bernardo;
Márcio Villela, presidente da AERP; João Batista de Rezende, presidente da
Anatel e Marcelo Simas do Amaral Cattani, secretário estadual de Comunicação
Social, que participaram da mesa de abertura do Seminário
Aconteceu em Curitiba nesta 2ª feira (dia 7) o evento promovido pelo Ministério
das Comunicações (MiniCom), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel ) e
Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), para apresentação das
mudanças na divisão de atribuições com relação aos assuntos de radiodifusão, que
ocorreram no início do ano. O seminário “Venha Conhecer o novo papel da Anatel e
do Ministério das Comunicações na Regulação do Setor”, teve participação do
ministro Paulo Bernardo, do presidente da Anatel, João Batista de Rezende,
Daniel Pimentel Slavieiro da Abert e Márcio Villela, presidente da Associação
das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp).
As apresentações dos descritivos de atribuições foram realizadas pelo secretário
de Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, Genildo Lins Albuquerque e por
Marcos Paolucci e Marconi Maya, da ANATEL.
As mudanças trazem maior rigor nas regras de licitação de novas emissoras de
rádio e simplificam os processos de tramitação de aumento de potência e
renovação de outorgas.
O decreto 86/2012 autoriza o funcionamento provisório das emissoras que já tem
local de funcionamento aprovado, mas que ainda não foram licenciadas. No caso de
processos novos, serão automaticamente autorizados.
Pelo decreto 7.670/2012 foram alteradas normas do regulamento dos serviços. A
partir de agora será permitida a participação de pessoa jurídica no contrato
social de emissoras de rádio e TV, observando o limite legal de 30% do capital
estrangeiro.
Com o objetivo de dificultar a entrada de entidades não qualificadas no processo
licitatório, bem como a figura de laranjas, haverá maior critério com a
exigência de comprovação de capacidade financeira da parte interessada;
obrigatoriedade de produção local; pagamento integral da outorga ainda durante o
processo; e maior rigidez no prazo para que a emissora entre no ar.
A simplificação vai acontecer com o retorno de parte da tramitação dos processos
às regionais. Não se trata da reativação das superintendências regionais do
MiniCom (reivindicação dos radiodifusores) fechadas durante o governo Fernando
Henrique, mas do uso das estruturas da Anatel, que hoje estão descentralizadas
em 27 unidades. Os estudos de viabilidade técnica para fins licitatórios ficam a
cargo exclusivo da Anatel.
A mudança do sistema de rádio analógico para o digital foi outro assunto
abordado. Paulo Bernardo disse que a definição sobre o padrão a ser adotado se
dará ainda este ano. Ele informou que uma reunião será marcada em junho para
organizar a forma como o processo de escolha se dará.
Presença do Centro-Sul
De Irati, participaram do seminário Jussara Harmuch Bendhack da Najuá e Toti
Colaço da Rádio Difusora. Também participou Clayton Burgath pela Thalento de Rio
Azul.
Rádio digital
Desde meados dos anos 2000, a escolha de padrão para o rádio digital vem sendo
discutida. Diferentemente do que aconteceu com a TV, no rádio a discussão
caminha a passos lentos.
Existem dois padrões em jogo para a decisão: o HD Radio, norte-americano, e o
DRM (Digital Radio Mondiale), europeu.
O HD Radio, conhecido também como IBOC (In band on Chanel) é um padrão que foi
desenvolvido por uma empresa chamada Ibiquity, é um padrão fechado, e possui
taxas associadas a royalties e patentes muito superiores ao DRM.
IBOC (In band on Chanel).
O DRM é um padrão que foi desenvolvido por um consórcio de algumas das maiores
empresas de comunicação do ramo, aliadas a rádios estatais e universidades
europeias.
O HD Radio funciona nas faixas de Ondas Médias e VHF (FM), e o DRM funciona em
todas as faixas de rádio do espectro (OL, OM, OC e VHF).
De acordo com o site midiaindependente, apesar do padrão HD Rádio ser
tecnicamente inferior ao DRM, o lobby norte-americano associado a algumas
doações da Ibiquity a grandes empresas de broadcast fez com que as grandes
associações brasileiras de transmissão já tenham escolhido um lado para ficar: o
do HD Radio.
O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e a Anatel
estão fazendo medições de recepção do rádio digital, algumas rádios estão
testando o HD Radio, outras rádios estão testando o DRM. Por razões técnicas, os
estudos ainda não foram concluídos.