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Leia na Fonte: DEE/UFMA
[30/09/12]
Modulação para rádio digital utilizando a amplitude de autocorrelação de códigos
PN para transporte da informação - por Fabrício de Araújo Carvalho e
Fernando Walter
Resumo— As faixas de freqüência utilizadas nas comunicações móveis são alocadas
de acordo com o tipo de aplicação. Com a necessidade cada vez maior de canais, o
espectro de freqüência tornou-se uma recurso natural escasso.
Este trabalho mostra os resultados de uma proposta de modulação utilizando a
variação da amplitude de autocorrelação de códigos pseudo-aleatórios para
transportar a informação. O trabalho também apresenta a geração de múltiplos
eixos ortogonais para aumentar a taxa de bits e dessa maneira
melhorar a eficiência do canal.
INTRODUÇÃO
O Ministério das Comunicações que, desde 2005, está testando e avaliando
sistemas de rádio digital, abriu chamada pública para envio de avaliações dos
sistemas de rádio digitais
existentes atualmente. Surgiu nesta ação a possibilidade para o desenvolvimento
de um sistema nacional de comunicação digital para auxíliar e/ou complementar as
atuais modulações AM e FM já conhecidas.
As atuais rádios analógicas AM e FM são vistas, em geral, como um canal de
entretenimento, mas são importantes também nos diversos âmbitos da vida em
comunidade. Nesse sentido, a rádio comunitária, de menor potência e utilizada
nos bairros, é uma importante ferramenta para integração e desenvolvimento
social, à medida que possibilita a união de seus ouvintes em torno das
necessidades de seu bairro. A conscientização dos problemas vigentes motiva os
agentes sociais a encontrar as soluções mais adequadas ao interesse comum. A
rádio difusão de bairro promove o bom desenvolvimento sócio ambiental e por
conseqüência a melhora dos índices de qualidade da região. Um dos problemas para
a dispersão destas rádios está na escassez de canais disponíveis, o que resulta
no surgimento das rádios clandestinas (“piratas”).
O receptor FM apresenta uma característica conhecida como efeito de captura.
Esse efeito ocorre quando existem mais sinais transmitidos na mesma freqüência
de portadora, neste caso, o receptor FM irá responder ao sinal de maior potência
e ignorar os demais.
As faixas de freqüências nas comunicações são alocadas de acordo com o tipo de
aplicação e o meio de transmissão utilizado. Nesse contexto, o espectro de
freqüência utilizado por todos estes agentes de comunicação tornou-se um recurso
natural escasso. Ao observarmos o espectro útil das freqüências (Fig. 1),
podemos constatar escassez de faixas disponíveis frente à demanda atual.
Neste contexto, a rádio difusão com o emprego da modulação proposta é capaz de
oferecer outros canais de comunicação sem interferir com os já existentes.
Muitos países já modificaram suas rádios convencionais ou ainda as utilizam de
forma paralela com os novos sistemas de rádio digital. Estes sistemas são os
frutos das experiências vividas por estes países em suas universidades e
instituições de pesquisa. Alguns dos sistemas mais conhecidos de rádio digital
estão sendo testados pelo governo brasileiro (IBOC – In Band On Channel; DRM –
Digital Radio Mondiale). Testes com o sistema americano e o europeu irão definir
a melhor proposta em conformidade com a realidade brasileira. Por essa razão é
importânte que uma proposta brasileira, antes que o padrão seja votado e
definido.
Nesta área de pesquisa, existe um campo fértil para novos trabalhos que são de
fato, estratégicos para a sociedade e a indústria brasileira. Esta importância
se deve à diversidade de aplicações em que a manipulação de dados digitais com o
auxílio de plataformas programáveis por software oferece.
A modulação proposta tem as seguintes características: mais canais de
comunicação além dos já existentes; menor potência para transmissão; taxa de
bits elevada; e serviços de posicionamento em duas ou três dimensões, graças ao
uso de códigos pseudo-aleatórios.
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Leia a íntegra do documento:
http://www.dee.ufma.br/~fsouza/Anais_SBrT_2012/artigos/99646_1.pdf
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CONCLUSÕES
A demanda crescente por novos canais de comunicação exige uma busca contínua por
novas tecnologias. É proposto uma modulação para rádio difusão digital capaz de
operar nas mesmas freqüências das rádios AM e FM.
Para o caso do PWM convencional (níveis de tensão 1 e 0) inscrito ao chip do
código, a variação da razão cíclica irá modificar além da amplitude final do
pico de autocorrelação, a largura de banda do código PN. Assim, para um valor de
razão de 0,5 teremos a largura de banda de 2B. Como a proposta para a
intensidade do sinal transmitido é que seja próxima a do ruído térmico (para não
prejudicar os outros sistemas de comunicação), a expansão da faixa do sinal
(espalhamento) não é vista até o momento como um problema.
Para o caso do PWM inscrito ao código, a variação da razão cíclica irá alterar a
amplitude do pico de autocorrelação sem alterar a largura do espectro do sinal.
Entretanto quando o transmissor trabalha com mais de um eixo para compor o sinal
transmitido se nota uma visível interferência de um eixo sobre os demais. Assim,
a idéia do PWM inscrito ao código foi abandonada.
Para o transmissor da rádio digital, o PWM convencional foi modificado para
valores de 1 e -1 de amplitude. Assim não haverá variação da largura de banda do
código em função da variação da razão cíclica. Assim o PWM utilizado em nossa
proposta está inscrito ao chip do código e é bipolar, de forma que, ao reduzir a
razão cíclica, o período positivo do chip se reduz enquanto o negativo sofre de
mesmo aumento.
A recepção de sinais de emissoras de rádio difusão com códigos pseudo-aleatório
(PRN) distintos, além de uma comunicação segura, permite oferecer serviços de
posicionamento precisos e complementar os sistemas globais de posicionamento
GNSS (GPS, o GLONASS e o Galileo).
AGRADECIMENTOS
A Empresa NavCon Navegação e Controle por possibilitar a formação contínua de
seus seu corpo de engenheiros sendo uma empresa parceira do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica.