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Fonte: EM
[14/08/13]
Emissoras de rádio contestam mudanças na legislação para rádios comunitárias
Associação questiona a alteração que permite repasses de órgãos públicos para as
rádios comunitárias
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) está
contestando mudanças feitas pelo Ministério das Comunicações em regras para as
rádios comunitárias. Em documento assinado com mais 20 associações estaduais do
setor, são questionados três itens de uma portaria publicada recentemente que,
segundo as entidades, contrariam a legislação e, por isso, devem ser revogados.
O primeiro item da portaria contestado pelas associações é o que permite às
rádios comunitárias receberem patrocínio, sob a forma de apoio cultural, de
poderes e órgãos públicos. Segundo a Abert, essa mudança contraria a Lei nº
9.612, de 1998, que institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária, que permite
o patrocínio, desde que restrito aos estabelecimentos situados na área da
comunidade atendida.
O segundo item é o que possibilita às emissoras comunitárias excederem o limite
de transmissão de sinal, até 1 quilômetro, dependendo das características
geográficas e urbanísticas da emissora, e mantidas as condições técnicas da
autorização. Segundo o Decreto nº 2.615, que regulamenta o serviço de
radiodifusão comunitária, a cobertura dessas emissoras é restrita a um raio de 1
quilômetro a partir da antena transmissora, destinada ao atendimento de
determinada comunidade de um bairro, uma vila ou localidade de pequeno porte.
O terceiro ponto crítico da medida, segundo as entidades, prevê que a Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) possa destinar canais em faixas de
frequência diferentes a emissoras comunitárias situadas em localidades próximas.
O problema, segundo a Abert, é a possibilidade de interferências de sinais entre
as próprias rádios comunitárias.
A assessoria de imprensa do Ministério das Comunicações informou que a carta da
Abert ainda não chegou e que só irá se manifestar depois que receber o
documento. Segundo a assessoria de imprensa da Abert, a entidade entregou ao
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, uma contestação legal dos termos da
portaria no dia 31 de julho.
A manifestação foi assinada pela Abert e por presidentes das associações
estaduais de radiodifusão durante o 15º Congresso Catarinense de Rádio e
Televisão, realizado na semana passada em Florianópolis.