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Leia na Fonte: RCR
[27/06/13]
Novos testes para o rádio digital devem começar em outubro
O assunto foi discutido nesta terça-feira, 25, em reunião do Conselho Consultivo
do Rádio Digital (CCRD), na sede do Ministério das Comunicações, em Brasília. O
cronograma com as datas finais para a execução de cada etapa ainda será
definido.
Até esta sexta-feira, 28, o ministério encaminhará às tecnologias europeia (DRM)
e norte-americana (HD Radio), um documento com as premissas e os parâmetros para
a instalação de equipamentos e a execução dos testes. Depois disso, elas terão
até 30 de julho para dizerem se integrarão o novo processo e se será possível
cumprir os parâmetros propostos pelo conselho.
Os testes realizados no ano passado não foram suficientes para definir com
segurança um padrão de rádio digital para o país, principalmente porque a
cobertura do sinal, quando comparada a analógica, foi insatisfatória.
De acordo com o Conselho, serão realizados testes em FM de alta e baixa potência
(Radcom e laboratório), Ondas Curtas e Médias. O Ministério e a Universidade de
Brasília sediarão os experimentos de laboratório, e emissoras privadas e
públicas em diferentes estados acolherão os de campo. O Conselho ainda definirá
algumas rádios participantes e, depois disso, os sistemas avaliarão se será
necessário importar equipamentos de acordo com as características técnicas das
emissoras propostas.
Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Análise de Testes do Rádio Digital e
engenheiro do Minicom, Flávio Lima, desta vez serão contemplados aspectos
importantes que não foram considerados na primeira tentativa. Entre os fatores
incluídos neste novo processo estão: cobertura desejada, condições de recepção
de sinal, proteção contra ruídos e interferências e qualidade dos serviços de
dados.
“Nos primeiros testes não havíamos definido premissas desejáveis para o Brasil,
ou pelo menos que minimizassem eventuais efeitos negativos”, declarou. A
padronização de equipamentos e de alguns critérios de comparação entre ambos os
padrões também serão considerados no reexame de desempenho dos dois sistemas.
A recepção do sinal digital em celulares também será uma novidade nos novos
experimentos. A necessidade de ampliar os experimentos para as plataformas
"mobile" foi sugerida pela Abert, que integra o Conselho.
Outra mudança é o aumento da potência irradiada, que será de 10% em relação ao
analógico. Nos testes anteriores foram utilizados entre 1% e 2%, sendo que
apenas um deles chegou ao nível de 9,6%. “Estamos aumentando a potência para,
quem sabe, ter uma área de cobertura melhor que a do analógico”, declarou o
diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação da Secretaria de Serviços
de Comunicação Eletrônica, Octávio Pieranti.
Formado por representantes do governo, do setor de radiodifusão, da indústria e
do Congresso Nacional, o CCRD é responsável por apontar o padrão digital mais
adequado para o rádio no Brasil.
O grupo foi criado em agosto do ano passado e tem ainda o papel de estudar
questões referentes a financiamento da transição, por exemplo.