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Leia na Fonte: ABERT
[01/03/13]
Ministério define parâmetros para novos testes de rádio digital
O Ministério das Comunicações estuda novos parâmetros para realização de mais
uma bateria de testes de rádio digital. O assunto foi discutido nesta
quinta-feira, 28, na primeira reunião do ano do Conselho Consultivo do Rádio
Digital.
O coordenador da Câmara Técnica de Análise de Testes do Rádio Digital e
engenheiro do Minicom, Flávio Lima, apresentou um relatório preliminar que
define uma abordagem distinta em uma tentativa de adequar melhor os testes a
realidade da radiodifusão brasileira.
O objetivo é conseguir resultados mais substanciais que dêem ao rádio digital
uma vantagem expressiva sobre a cobertura analógica, o que significaria um
compromisso entre qualidade e área de alcance. Os testes realizados no ano
passado não foram suficientes para definir com segurança um padrão de rádio
digital para o país, principalmente porque a cobertura do sinal, quando
comparada a analógica, foi insatisfatória nos testes.
Os executivos do consórcio europeu DRM sinalizaram durante a reunião que, se os
testes forem mesmo confirmados, irão participar. Já o HD rádio não chegou a se
manifestar.
De acordo com a Gerente de Tecnologia da Abert e uma das representantes da
radiodifusão no Conselho, Monique Cruvinel, o setor alertou para a necessidade
de ampliar os testes para as plataformas móveis pessoais, tais como celulares e
tablets. “Já sabemos que a área de cobertura para os receptores de mesa é maior
que aquela para veículos, e que esta é maior que a de celulares. O intuito nesse
momento não é chegar a uma cobertura de recepção de rádio em celulares igual a
total analógica de hoje, mas garantir que a transição para digital traga ganhos
que suportem um modelo de negócios que começará com investimentos pesados em
infra-estrutura. E um desses ganhos é a presença do rádio nesses aparelhos
móveis pessoais.”, afirma.
A pedido da EBC, as rádios de ondas curtas também serão incluídas na próxima
etapa.
Câmara de Inovação – Os técnicos do conselho estão catalogando quanto cada
aplicação demandará de taxa de dados em um canal. Essas aplicações podem ser,
por exemplo, serviços de informações sobre trânsito, alertas de emergência,
textos ou imagens.
A listagem vai servir para os estudos de viabilidade do modelo de negócios para
a radiodifusão sonora. Isso porque, explica a engenheira, devido à capacidade
limitada de cada canal, não será possível agregar todos esses serviços e
permanecer com a mesma qualidade de áudio ou de cobertura, por exemplo.
Será necessário entender como canal de áudio e dados interagem no sistema
brasileiro de rádio digital. “Não há milagres”, afirma Monique. "O FM poderá
transportar mais dados que o AM, razão pela qual a qualidade de áudio daquele
será superior a esse, mas precisamos nesse momento ver se as aplicações e
serviços oferecidos pelos padrões agregam valor sem comprometer o áudio da
emissora”, completa.
Outra novidade é que, assim como o consórcio DRM demonstrou no ano passado, a
Tell-HD – representante brasileira do HD Rádio – apresentou um documento
mostrando a integração do middleware ginga na plataforma norte-americana.