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Fonte: TudoRádio
[15/10/13]
Ministro afirma que decreto de migração das AMs será sancionado no dia 7 de
novembro
O ministro das Comunicações Paulo Bernardo afirmou que o decreto que permite a
migração das rádios AM para o espectro FM será sancionado no próximo dia 7 de
novembro, quando é comemorado o Dia dos Radialistas. A afirmação foi feita
durante a a 43ª Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão,
que está sendo realizada no Rio de Janeiro.
Paulo Bernardo disse que a digitalização do rádio, assim como vem acontecendo
com a TV, ainda não tem um modelo que definitivamente sirva ao Brasil. “O que
nós vamos fazer ainda este ano é autorizar as rádios AM se transformarem em
rádios FM. Uma das pressões que temos para fazer o rádio digital é que a
qualidade do rádio AM está caindo, principalmente nos grandes centros urbanos.
Isso prejudica muito a audiência. A juventude, por exemplo, nem ouve mais rádio
AM”, declarou.
Bernardo informou que já foram feitos estudos que apontam viabilidade para a
migração. “Com a digitalização da TV, nós temos os canais 5 e 6 (liberados),
onde cabem muitas rádios. Nós estamos fazendo uma solução que é importante, que
é autorizar rádio AM para a faixa de FM. Isso vai ser assinado em novembro, que
tem o Dia do Radialista”, afirmou.
O ministro disse também que o desligamento do sinal analógico para os antigos
aparelhos de televisão, chamado de switch off, ocorrerá no primeiro semestre de
2015, mas que o cronograma ainda está sendo acertado com as emissoras. Segundo
Bernardo, não haverá, contudo, prejuízo para o público, pois o governo vai
facilitar a aquisição dos aparelhos necessários para converter o sinal digital
para as televisões analógicas.
O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert),
Daniel Slaviero, explicou que, com a futura liberação do espectro de 700
mega-hertz (MHz), onde hoje operam as televisões analógicas, parte desse espaço
será ocupado pelas rádios AM. “Hoje a faixa de frequência do FM atual vai de 88
MHz a 108 MHz. Os canais 5 e 6 vão de 76 MHz a 88 MHz. É o que agente chama de
faixa contígua ao FM. O decreto conterá que nos municípios onde tem outorga e
todas as AM cabem no espectro atual de FM elas migram automaticamente e devolvem
sua frequência AM para o governo. E nas emissoras que vão para os canais 5 e 6,
elas começam a operar e terão um prazo de transmissão simultâneo até cinco
anos”, explicou.
O presidente da Abert disse ainda que, para garantir que os novos rádios possam
captar essa faixa extra de FM, o governo deverá editar uma portaria obrigando
todos os receptores produzidos no Brasil já virem com atualização do software
para a faixa estendida.