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Leia na Fonte: Convergência Digital
[03/03/15]  Sem padrão digital, rádios apostam na Internet - por Luís Osvaldo Grossmann

A Abert vai investir até R$ 1 milhão para levar todas as rádios comerciais do país aos tablets e smartphones. A entidade vai financiar os aplicativos que permitem as emissoras serem ouvidas pela Internet e já tem disponível um integrador, similar ao TuneIn, que localiza qualquer rádio brasileira cadastrada.

“Tem uma mudança brutal na maneira como as pessoas acessam o meio rádio. Mas fizemos uma pesquisa em 2014 e vimos que só cerca de 30% das emissoras tem aplicativos de celular. Há quatro anos, 25% das rádios não tinham nem site. É um setor de grande disparidade e ainda tem muitas que fazem rádio como na década de 1960”, diz o presidente da Abert, Daniel Slaviero.

Paralelamente, em nada se avançou quanto a definição de um padrão de transmissão digital para as rádios brasileiras. Ao contrário da TV, que fez uma opção tecnológica há uma década e esta no processo de transição, no rádio sequer a opção foi feita. “A digitalização do rádio foi atropelada pelo avanço da Internet. Foi uma avalanche. Não vamos desprezar o que o HD rádio faz nos Estados Unidos, mas os fatos se impõem e não adianta a gente querer insistir”.

Um razoável naco do setor já migrou para a Internet. A própria Abert estima que um quarto da audiência das rádios já se dá pela rede, com ouvintes sintonizados por meio de aplicativos móveis. Nas contas da entidade, de 4,6 mil emissoras comerciais do país, 1,3 mil tem seus próprios apps disponíveis nas lojas online da Apple ou Google.

A Abert já pagou por 500 licenças de aplicativos, mas espera que a procura das emissoras esgote essa primeira leva em dois meses. “Até o fim de 2015 teremos 1,4 mil. Vamos, portanto, dobrar o número de rádios com aplicativo disponível. Até chegarmos às 3,3 mil que hoje não tem, vamos investir cerca de R$ 1 milhão”, calcula Slaviero.

Para atrair as emissoras ao app, ele oferece formas de interatividade direta com cada emissoras. Assim, é possível através dele mesmo enviar mensagens de texto (SMS) que caem direto na tela em frente ao locutor, compartilhar conteúdos em redes sociais e mesmo georreferenciar os ouvintes como ferramenta de análise de audiência.

Por outro lado, a entidade vai tentar atrair aquelas rádios que já estão com seus próprios programas disponíveis a se cadastrarem no integrador. Até aqui, há 142 emissoras listadas do app. “O IBGE diz que a penetração de rádios nos domicílios caiu de 88% para 75% [de 2004 a 2013]. Mas a audiência não caiu, nem o faturamento, sempre ao redor de 10,5% [de alta ao ano]. Foi a explosão dos celulares”, avalia o presidente da Abert.