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Blog de Renato Cruz
Esta página contém uma coleção de links de textos do jornalista Renato Cruz
Renato
Cruz é jornalista, escreve no seu Portal
Inova.jor e
manteve uma
coluna sobre tecnologia no jornal O Estado de
S. Paulo.
É graduado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo (ECA-USP) desde 1995; na mesma instituição obteve os diplomas de
Mestrado (2000) e de Doutorado (2006) em Ciências da Comunicação.
Publicou os livros O desafio da inovação e TV digital no Brasil (Editora Senac
São Paulo) e O que as empresas podem fazer pela inclusão digital (Ethos/CDI). É
professor do Centro Universitário Senac. Contato:
renato@renatocruz.com
Ler
mais "resumo biográfico" no final desta página.
Seleção de textos (com foco em telecom) do Portal Inova.jor:
03/08/2016
•
Oi aposta em aplicativos após pedido de recuperação judicial
03/08/2016
•
O que é importante para quem planeja criar uma fintech
02/08/2016
•
22/07/2016
•
O que
os dados dos clientes da TIM dizem sobre o Rio
19/07/2016
•
Quais são os planos da TIM para startups
30/06/2016
•
Como a mobilidade afeta o comportamento do consumidor
28/06/2016
•
Hughes lança banda larga via satélite para residências
21/06/2016
•
TV paga aposta no vídeo sob demanda
15/06/2016
•
Algar Telecom aposta em startups e inovação aberta
31/05/2016
•
Conheça Marea, o cabo submarino da Microsoft e do Facebook
29/05/2016
•
Por que precisamos de um plano de banda larga
17/05/2016
•
Lenovo: ‘Brasileiro se preocupa mais com a câmera do celular’
18/04/2016
•
Como os limites à banda larga vão atrapalhar sua vida
15/04/2016
•
TIM: ‘O brasileiro ama o celular, mas odeia a operadora’
07/04/2016
•
O futuro da TV paga é um aplicativo?
28/03/2016
•
Por que é difícil desligar a TV analógica
21/03/2016
•
Tem certeza de que seu celular é seguro?
07/03/2016
•
Saúde móvel pode se tornar a principal aplicação dos vestíveis
04/03/2016
•
Como o vídeo por streaming afeta a TV paga
02/03/2016
•
Você está pronto para o apagão da TV analógica?
01/03/2016
•
MWC2016: Quatro tendências que mostram para onde vão as comunicações
25/02/2016
•
WMC2016: Por que precisamos falar sobre o 5G
22/02/2016
•
MWC2016: Se quiser, pode pagar com o celular
21/02/2016
•
MWC2016: O vídeo imersivo será a próxima tecnologia de sucesso?
17/02/2016
•
‘Brasil precisa criar centros tecnológicos’, diz presidente da Vivo
18/01/2016
•
Aplicativos incentivam crescimento do celular pós-pago
16/11/2015
•
Pesquisa do IBGE mostra crescimento do celular no acesso à internet
08/10/2015
•
Para que serve um computador de pulso
02/10/2015
•
Estamos perdendo a capacidade de conversar por causa do smartphone?
13/08/2015
•
Com Galaxy Note 5 e Galaxy S6 Edge+, Samsung tem desafio de voltar a crescer
Seleção de textos de Renato Cruz
em seu
Blog no Estadão:
25/10/2015
•
Muitos dados
18/10/2015
•
Realidade misturada
11/10/2015
•
Censura e vigilância
04/10/2015
•
Manufatura aditiva
27/09/2015
•
Saúde monitorada
20/09/15
•
Ruptura contestada
13/09/2015
•
Entre máquinas
06/09/15
•
Celulares melhores
04/09/15
•
Ainda há vagas em tecnologia
30/08/15
•
Quase humanos
23/08/15
•
O que cria emprego
16/08/15
•
Somos todos taxistas
09/08/15
•
O Brasil no mundo
09/08/15
•
Indústria aposta em internet das coisas
02/08/15
•
Cuidado com o sócio
26/07/15
•
Antivírus para carro
19/07/15
•
Competição desigual
12/07/15
•
Duelo de robôs
05/07/15
•
Uber proibidão
28/06/15
•
Animais de estimação
21/06/15
•
A velha web
14/06/15
•
Luz inteligente
07/06/15
•
Você é o produto
31/05/15
•
Mais velocidade
24/05/15
•
Sem motorista
17/05/15
•
O tamanho da inovação
10/05/15
•
Os limites da neutralidade
03/05/15
•
A nova indústria
26/04/15
•
Menos risco na inovação
19/04/15
•
A previsão de Moore
17/04/15
•
Varejo virtual demanda armazéns
12/04/15
•
Quem dita tendências
05/04/15
•
Microsoft, 40 anos
29/03/15
•
O futuro da TV
22/03/15
•
Militância automática
15/03/15
•
Para manipular emoções
08/03/15
•
Interface imersiva
04/03/15
•
Alexandre Hohagen deixa o Facebook
01/03/15
•
Que computador vestir
22/02/15
•
Insegurança móvel
15/02/15
•
Memória digital
08/02/15
•
Mais promessas
02/02/15
•
Inteligência artificial chega às empresas
01/02/15
•
Inovação na crise
25/01/15
•
O fim do virtual
18/01/15
•
Do telégrafo às redes sociais
18/01/15
•
A TV na internet
11/01/15
•
A regulamentação da mídia
04/01/15
•
Tecnologia em risco
2014
28/12/14
•
O que esperar de 2015
21/12/14
•
Censura sem fronteiras
14/12/14
•
A força móvel
07/12/14
•
Indústria em queda
30/11/14
•
Para aparecer na rede
23/11/14
•
Oportunidade em biotecnologia
23/11/14
•
TV sob demanda
16/11/14
•
Internet aberta
09/11/14
•
Pesquisa na indústria
02/11/14
•
A ética da transparência
27/10/14
•
Por que os eletrônicos são tão caros
26/10/14
•
Política de telecomunicações
Quando o Sistema Telebrás foi privatizado, em 1998, o
modelo desenhado para o mercado previa que, após uma onda de fusões e
aquisições, sobrariam quatro grandes grupos privados que atuariam em todo o
País, com telefonia fixa e móvel, internet e televisão por assinatura, e que
competiriam entre si. A ideia original era que os grupos se consolidariam em
torno das quatro empresas que surgiram da Telebrás: a Oi, a Brasil Telecom, a
Telesp (hoje Vivo) e a Embratel.
Dez anos depois, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um
decreto que permitiu a compra da Brasil Telecom pela Oi, esse modelo foi
modificado, mas somente na telefonia fixa. Hoje, existe um descasamento entre o
mercado fixo (com três grandes operadoras) e o móvel (com quatro grandes).
“Na Europa, o modelo que surgiu, na maioria dos países, foi de três grandes
operadoras”, afirmou Carlos López Blanco, diretor global de Assuntos Públicos e
Regulatórios da Telefónica, que esteve no Brasil há duas semanas durante o
evento Futurecom. A empresa espanhola é dona da Vivo. De um lado, existem dois
grupos bem definidos, que são os espanhóis na Vivo e os mexicanos no controle da
Claro, Embratel e Net. De outro, estão Oi e TIM, candidatas à consolidação.
A convergência do mercado móvel para três grandes atores já aconteceu na
prática. Quando recentemente a Oi deixou de apresentar proposta para as novas
licenças de telefonia celular de quarta geração (4G), o que se desenhou foi a
divisão desse mercado em três grupos nacionais, no lugar de quatro. Compareceram
ao leilão a Vivo, a Claro e a Embratel.
As telecomunicações necessitam urgentemente de um novo modelo, já que o vigente
foi definido em meados da década de 1990. Para se ter uma ideia de como o modelo
atual está defasado, sua base é a universalização do serviço fixo de telefonia,
usando a rede de cobre. A explosão do celular e a chegada das redes ópticas já
deixaram para trás essa concepção.
De lá para cá, o telefone móvel acabou sendo responsável pela universalização do
serviço, presente em 92,5% das residências brasileiras, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em popularidade, o celular perde
somente para a televisão, que está em 97,2% das casas do País.
O grande desafio do próximo governo é fazer avançar o acesso à internet, hoje em
42,4% das residências. O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado em 2010,
não teve os resultados esperados. Nenhum dos candidatos tem um plano bem
definido para as telecomunicações, insumo básico de todos os setores econômicos
e ferramenta de educação e de inclusão social.
Também é preciso atualizar o desenho das empresas que atuam nesse mercado, o que
passa pela situação da Oi.(...)
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19/10/14
•
Engenharia da vida
"A biologia vive uma revolução comparável à que a
tecnologia da informação passou nas últimas décadas. O que vem desencadeando
isso é o encontro da linguagem binária dos computadores com as quatro bases que
formam o material genético. Robôs nanométricos que combatem câncer, impressão de
órgãos humanos e programação de bactérias e de vírus são alguns dos projetos que
existem em laboratório, e podem causar grande impacto quando forem aplicados em
escala comercial.
É claro que é preciso ter muito mais cuidado com os impactos de novas
tecnologias em um setor como a biologia, quando comparada com a informática. A
saúde das pessoas não suporta a ideia de beta permanente, de produtos e serviços
que nunca estão em sua forma final, tão comum no mundo da internet.
Cada vez mais, no entanto, as empresas iniciantes capazes de mudar o mundo vão
vir daí. Ferramentas e conceitos da tecnologia de informação são adaptados para
o desenvolvimento de tecnologias biológicas.
Um exemplo disso é o Project Cyborg, da Autodesk, empresa conhecida
principalmente pelo software de projetos Autocad. Desenvolvido pelo braço de
pesquisas da empresa, o Project Cyborg serve para desenvolver projetos em
nanoescala, o que inclui modelagem e simulação molecular. Enquanto o Autocad é
voltado para arquitetos e engenheiros, os usuários do
Project Cyborg são biólogos moleculares.(...)
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12/10/12
•
O gargalo das patentes
"Empresas brasileiras têm ampliado seu esforço de inovação
nos últimos anos. Criar produtos, serviços e processos novos é essencial para
que o País consiga competir pelo mercado internacional. Mas existem gargalos
importantes, que se tornam ainda mais críticos diante desse esforço de inovação.
Um dos principais é o sistema de registro de patentes. A espera por aqui está em
10,8 anos em média, podendo, em alguns casos, ultrapassar 14 anos. Nos Estados
Unidos, o prazo médio é de 2,6 anos; na Europa, de 3 anos; na Coreia do Sul, de
1,8 ano; e, na China, de 1,9 ano." (...)
09/10/14
•
Por que o comando da Oi mudou
A situação da Oi reflete o insucesso da
política pública de criação de “campeões nacionais”, adotada nos últimos anos. A
dívida de R$ 46,2 bilhões que a empresa tenta equacionar teve origem, em boa
parte, na compra da Brasil Telecom, em 2008. A operação era proibida pela
regulamentação da época, e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou
um decreto presidencial para permiti-la.
Na época, o governo chegou a anunciar que criaria uma “supertele nacional” para
fazer frente a gigantes estrangeiros que atuam por aqui, como a espanhola
Telefónica (dona da Vivo) e a mexicana América Móvel (dona de Claro, Embratel e
Net). Falava-se até em lançar operações em outros países.
A fusão fez parte da política de criação de “campeões nacionais”, em que algumas
empresas foram escolhidas para receber apoio na forma de dinheiro público e, no
caso da Oi, até com mudanças na regulamentação (...)
05/10/14
•
Mais mobilidade
"Vivemos uma transição na maneira como usamos a tecnologia
da informação, e isso tem impactos profundos na vida de pessoas e empresas. A
perda da posição central que os computadores pessoais ocupavam, cedendo espaço
para smartphones e tablets, mudou a maneira como consumimos software. Os
aplicativos móveis têm se tornado, cada vez mais, o modelo preferido de acesso a
serviços digitais.
Segundo a consultoria Gartner, em 2017, o mercado mundial de aplicativos móveis
deve movimentar US$ 77 bilhões, com 268 bilhões de aplicativos baixados no ano.
Em 2013, foram 102 bilhões de downloads, com um faturamento de US$ 26 bilhões.
Esse crescimento coloca pressão nos departamentos de tecnologia das empresas.
Além da demanda dos consumidores, os funcionários querem ter uma experiência
parecida com a que têm em casa quando acessam os sistemas corporativos.
Essa tendência recebeu o nome de “consumerização” da tecnologia da informação.
As companhias têm permitido (e até incentivado) que os profissionais tragam de
casa seus próprios equipamentos, num modelo conhecido pela sigla “byod” (do
inglês “bring your own device”).
“Estudos mostram uma diferença de três gerações de aparelho entre o que o
funcionário traz de casa e o que a empresa oferece”, afirma Bruno Rossini,
diretor da CA Technologies. A empresa divulgou recentemente uma pesquisa sobre a
“economia dos aplicativos”, que ouviu executivos de 1.450 empresas em 13 países,
incluindo o Brasil." (...)
Ler mais
28/09/14
•
Para onde queremos ir
"A entrega dos envelopes para o novo
leilão da telefonia celular de quarta geração (4G), na
semana passada, trouxe uma surpresa. A Oi – concessionária
de telefonia fixa em todos Estados brasileiros menos São
Paulo – não apresentou proposta. Houve muita especulação,
como a de que a empresa pode se fundir com a TIM e que por
isso não precisaria comprar uma licença, mas um ponto
importante nessa história toda é o simbolismo do gesto.
A Oi é o campeão nacional do setor de telecomunicações, cuja
criação foi apoiada fortemente pelo governo. Quando a
empresa se fundiu à Brasil Telecom, o então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva chegou a editar um decreto presidencial
para permitir a operação, que era proibida pelas regras da
época. Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) está entre os principais
acionistas da Oi.
O emblemático na recusa da Oi em ir ao novo leilão da 4G é
essa falta de sintonia entre a empresa que foi criada pela
política de “campeões nacionais” e a iniciativa do próprio
governo de vender agora novas licenças de telefonia celular.
Após o leilão, a 4G passará a ocupar o espectro que
atualmente é utilizado pela TV analógica.
Existem problemas de ambos os lados. O leilão recebeu
críticas da maioria das operadoras por ter sido feito neste
momento, com a preocupação do governo de usar o pagamento
das licenças para fechar as contas neste ano. A Oi enfrentou
um problema com o acionista Portugal Telecom, que acabou
reduzindo a participação na empresa e prejudicando a sua
reestruturação.
A ausência da Oi no leilão é um exemplo da falta que faz ao
País um projeto para as telecomunicações. As eleições
presidenciais poderiam ser um bom momento para se mudar esse
quadro, mas, ao que tudo indica, os principais candidatos
não enxergam todo o potencial das tecnologias da informação
e da comunicação como alavancas do desenvolvimento econômico
e do combate à desigualdade social.
A última política abrangente de telecomunicações que o País
teve foi implantada em meados da década de 1990, para a
privatização do Sistema Telebrás. Ela abriu o mercado e
criou regras para a universalização da telefonia fixa, um
serviço que perdeu muito da sua importância diante do
crescimento do celular e da internet.
O que temos hoje é uma política de telecomunicações
obsoleta, adaptada de uma visão de quase duas décadas. Houve
algumas atualizações, como a troca da obrigação de se criar
postos de serviço de telecomunicações pela instalação de
banda larga nas escolas. No entanto, apesar de várias
medidas tomadas no setor, como o próprio leilão da 4G, ainda
não temos definido em nenhum lugar, de forma clara, para
onde queremos ir." (...)
Ler mais
14/09/14
•
Hora de mudança
(...) Semana passada, a Apple fez o
primeiro lançamento de produto em uma categoria nova desde o
iPad. O Apple Watch recebeu avaliações elogiosas de
especialistas em eletrônicos de consumo e de especialistas
em relógios de pulso. Foi também o primeiro produto de nova
categoria a ser lançado por Tim Cook, que substituiu Steve
Jobs. Assim como no caso do iPod, o Apple Watch chega num
mercado com vários concorrentes. O Galaxy Gear, da Samsung,
está em sua segunda geração, assim como o Pebble, relógio
inteligente que foi sucesso em arrecadação de fundos no site
Kickstarter. Empresas como a Motorola, a Asus e a LG
lançaram recentemente seus relógios inteligentes.
A grande diferença em relação ao iPod é que o Apple Watch
não traz nenhuma grande ruptura na comparação com os
concorrentes. A Apple conseguiu algumas soluções elegantes,
como mostrar os aplicativos diretamente na primeira tela.
Mas o design é conservador, incorporando até uma “coroa”
igual à dos relógios mecânicos." (...)
07/09/14
•
A força do algoritmo
"Quem decide o que você vê na
internet? Um buscador como o Google tem um algoritmo
complexo para definir o que mostra em seus resultados. Tudo
começou de forma relativamente simples: o chamado PageRank
analisava a quantidade de links que apontavam para
determinada página, para dizer se ela era importante ou não.
A importância das páginas que abrigavam esses links também
era levada em conta. Com isso, garantia que os resultados
mais relevantes seriam mostrados em primeiro lugar. Mas a
complexidade do algoritmo tem aumentado. As pessoas
começaram a criar sites que trocavam links entre si para
melhorar suas posições nos resultados das buscas. O Google
criou então mecanismos para evitar esse tipo de golpe. O
buscador também incorporou personalização nos resultados,
levando em conta coisas como a localização do usuário e o
tipo de conteúdo que normalmente interessa a ele. (...)
31/08/14
•
A reinvenção da música
"Parte do charme retrô do filme
Guardiões da Galáxia vem do walkman (daqueles antigos, de
fita) que o protagonista carrega. O cassete sempre presente
no tocador traz sucessos dos anos 1970 selecionados pela mãe
de Peter Quill, também conhecido por Star-Lord. Ele ouve a
fita em suas viagens espaciais como uma forma de se conectar
com o passado terrestre. São memórias de uma época em que
música era um bem escasso. As pessoas gravavam cassetes com
seleções de faixas dos discos de vinil (ou de outras fitas)
e repassavam para os amigos. A internet mudou isso. Legal ou
ilegalmente, as pessoas passaram a ter acesso a todas as
canções que quisessem, e a música perdeu um pouco desse lado
social. Mas começou uma nova mudança. No ano passado, pela
primeira vez, as vendas mundiais de músicas por download
caíram. Apesar de ainda representarem dois terços dos US$ 6
bilhões que a música digital movimentou no ano passado, o
faturamento com faixas em MP3 caiu 2%.
O modelo está se deslocando da posse para o acesso. Os
serviços de streaming (em que as pessoas ouvem as músicas
sem ter de baixá-las) renderam, também pela primeira vez,
mais de US$ 1 bilhão, com um crescimento de 51%, segundo a
Federação Internacional da Indústria Fonográfica." (...)
24/08/14
•
Futuro inevitável
(...) “É preciso reconhecer o futuro
inevitável”, disse Paul Nunes, diretor global do Instituto
Accenture para Alta Performance, que visitou o Brasil pela
primeira vez na semana passada. Ele é coautor do livro Big
Bang disruption, sobre o qual escrevi neste espaço há
algumas semanas. O “futuro inevitável” é a mudança radical
que está para acontecer, e que as pessoas que atuam na área
normalmente conseguem identificar, mas muitas vezes têm
dificuldade em aceitar. Segundo Nunes, não há como ter
certeza de que a ruptura Big Bang (referência à explosão que
deu origem ao universo) vá afetar todos os setores
econômicos, mas ele não consegue apontar nenhum setor que
esteja imune a ela. O subtítulo do livro fala em “inovação
devastadora”, causada principalmente pelo avanço das
tecnologias da informação e da comunicação. O preço da
capacidade computacional cai pela metade a cada dois anos, e
isso acaba afetando todas as indústrias." (...)
17/08/14
•
Para acreditar no ‘hype’
"A expressão “internet das coisas” foi
colocada pela consultoria Gartner como o ponto mais alto do
“pico das expectativas exageradas” em seu relatório Ciclo de
Hype para Tecnologias Emergentes 2014, divulgado na semana
passada. “Hype” significa promoção excessiva e teve origem,
provavelmente, na contração da palavra “hyperbole”
(hipérbole). O setor de tecnologia é cheio de “hype”.
Produtos e conceitos surgem e passam a ser discutidos como
se fossem resposta para todos os problemas. Esse hype acaba
por direcionar a indústria, a atuação de empreendedores e a
decisão de investidores. A web já foi alvo desse tipo de
atenção a partir de meados dos anos 1990, o que acabou
gerando a bolha de tecnologia que estourou em 2000. A
internet das coisas é a tendência de que todos os produtos e
equipamentos passem a ser conectados. A comunicação entre
máquinas, sem intervenção humana, deve ultrapassar em muito
a comunicação interpessoal ou o acesso à informação por
pessoas. (...)
10/08/14
•
GVT, Vivo e TIM
"Em dezembro, o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu que a
Telefónica deveria vender sua participação na TIM ou
procurar um sócio para a Vivo, empresa que controla. A
participação da operadora espanhola na TIM é indireta.
Atualmente, a Telefónica é a maior acionista da Telecom
Italia, dona da TIM, com cerca de 14% da empresa.
O problema de a Telefónica ficar no controle da Vivo e da
TIM é que elas estão, respectivamente, no primeiro e no
segundo lugar na lista das maiores operadoras celulares do
País. Os espanhóis têm até maio para fazer a mudança
societária.(...)
03/08/14
•
Leilão polêmico
"O governo sente urgência em fazer o
leilão de novas frequências para a quarta geração da
telefonia celular (4G), previsto para o mês que vem. O
edital deve receber o sinal verde do Tribunal de Contas da
União (TCU) na quarta-feira e ser publicado no dia seguinte
pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O
dinheiro da venda da faixa de 700 MHz para uso na 4G é visto
como essencial para fechar as contas públicas neste ano.
“Estou contando com os R$ 8 bilhões”, disse, semana passada,
o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Mas as
operadoras de telecomunicações não parecem tão animadas
assim. Como foi noticiado pelo Estado, a Telefônica (dona da
Vivo) e a Oi defendem um adiamento. A Claro não se
manifestou, mas Daniel Hajj, presidente da América Móvil
(controladora da Claro), já havia dito há alguns meses, em
entrevista de divulgação de resultados, que não via
necessidade de mais espectro para a 4G no Brasil atualmente.
Acontece, no entanto, que essa faixa de 700 MHz não é para
hoje. Atualmente, ela é ocupada pelos canais analógicos de
TV aberta, e o governo quer receber agora por frequências
que só vai conseguir entregar a partir de 2016. (...)
27/07/14
•
Como virar ‘memis’
"Antônio Carlos Bernardo Gomes, o
Mussum dos Trapalhões, morreu em 1994, mesmo ano que foi
criada a Netscape, empresa que inventou o navegador
responsável por tornar a web um sucesso mundial. Naquela
época, nem havia ainda internet comercial no Brasil. Só no
ano seguinte começou o movimento que levou à criação de
provedores de acesso por todo o País. Apesar disso, Mussum
se tornou um sucesso da internet brasileira. O último
capítulo de sua recém-lançada biografia Mussum forévis:
samba, mé e Trapalhões (LeYa), escrita pelo jornalista
Juliano Barreto, mostra como isso aconteceu. Centenas de fãs
se apropriaram de sua imagem e de suas frases, e criaram
novos contextos para fazer piada no estilo do comediante.
Mussum virou “memis”. Memes são ideias que se espalham de
pessoa a pessoa e ganham popularidade. Em tempos de
internet, conseguem alcançar um público muito grande. Como
destacou Barreto em seu livro, o termo foi tirado do livro O
gene egoísta, do biólogo Richard Dawkins. Meme é o
equivalente cultural do gene, que se autorreplica, sofre
mutações e reage às pressões seletivas do ambiente. (...)
20/07/14
•
Indústria conectada
"Não são somente os robôs que mudam a
indústria. Recentemente, a GE divulgou a quarta edição de
seu estudo anual Barômetro Global da Inovação. Um dos
destaques da pesquisa, que 3.209 executivos em 26 países
(incluindo o Brasil), foi a percepção dos entrevistados
sobre se estamos ou não vivendo uma nova revolução
industrial. As opiniões ficaram divididas. Foi pedido que os
entrevistados avaliassem a seguinte afirmação: “Vivemos
atualmente uma nova revolução industrial no encontro entre o
hardware e o software, uma mudança histórica na era da
fabricação avançada e da internet industrial”. Para 52%, a
frase é verdadeira, enquanto que, para 42%, existe um
exagero nela, pois estaríamos vivendo uma evolução técnica
contínua, e não uma revolução. Para os 6% restantes, a
afirmação é falsa, pois a nova revolução industrial não
passaria de um mito." (...)
13/07/14
•
Dinheiro para inovação
A forma como o governo vem investindo
em inovação precisa mudar. O modelo atual tem privilegiado a
concessão de crédito. Isso beneficia empresas de maior
porte, que conseguem provar que são capazes de pagar pelos
empréstimos. Além disso, projetos de maior risco acabam
sendo deixados em segundo plano, pois as empresas temem ter
de pagar o financiamento de projetos que não deram
certo.(...)
06/07/14
•
Adeus ao Orkut
"Em 2007, quando a rede social Orkut vivia o auge do
sucesso, seu criador, o engenheiro de software Orkut
Buyukkokten, visitou o Brasil. A popularidade do serviço era
tanta que o gerente de produtos do Google chegava a ser
reconhecido na rua. “Às vezes as pessoas ficam olhando. No
geral, são bastante gentis e educadas”, disse Buyukkokten,
numa época em que havia 43 milhões de brasileiros na rede
social, o que equivalia a 56% do total de usuários no mundo.
O Google anunciou que
vai desativar o Orkut a partir de 30 de setembro. O caso
da rede social é um ótimo exemplo de como os produtos de
internet surgem e desaparecem. No fim do ano passado, eram
somente 6 milhões de brasileiros que usavam o Orkut. De
líder de audiência, em seis anos, o site passou a quinto
lugar entre as redes sociais no País." (...)
29/06/14
•
Inovação na indústria
"Quando o governo anunciou a criação da Embrapii, há três
anos, a ideia pareceu meio estranha. A Associação Brasileira
de Pesquisa e Inovação Industrial – que tinha como proposta
inicial se chamar Empresa, e não Associação – foi
propagandeada como a “Embrapa da Indústria”. Não fazia muito
sentido." (...) "O modelo da Embrapii é bem diferente do da
Embrapa. A Embrapii não toca os projetos de pesquisa
diretamente, mas através de uma rede de institutos
credenciados. Além dos três iniciais, existe um edital
aberto para selecionar mais 10 e a ideia é que se chegue até
o fim do ano com um total de 23." (...)
22/06/14
•
Ruptura polêmica
"O dilema da inovação, publicado em 1997 pelo professor de
Harvard Clayton Christensen, é um dos livros de
administração mais influentes das últimas décadas. O
conceito de inovação rompedora (“disruptive innovation”, em
inglês) acabou se tornando um dos mais celebrados no mundo
dos negócios, dos empreendedores do Vale do Silício a
gestores de áreas como saúde e educação. Na edição mais
recente da revista New Yorker, a historiadora Jill Lepore
critica o conceito e o autor. "(...)
15/06/14
•
Carro de código aberto
O que falta para o carro elétrico
deixar de ser um produto de nicho? Na semana passada, Elon
Musk, presidente da Tesla Motors, anunciou uma decisão
importante, que pode ter um impacto importante nesse
cenário. A empresa decidiu abrir mão de sua propriedade
intelectual. Qualquer concorrente pode usar a tecnologia
patenteada pela Tesla. A aposta é ousada. A ideia anunciada
por Musk não é incomum no mercado de tecnologia da
informação, onde o empresário fez fortuna. Em 2002, ele
vendeu para o eBay do serviço de pagamentos via internet
PayPal, do qual era o maior acionista. Além da Tesla Motors,
Musk comanda a SpaceX, uma empresa que fabrica veículos
espaciais. (...)
08/06/14
•
A invasão dos robôs
(...) "Em 2012, foram vendidos cerca
de 3 milhões de robôs de uso doméstico e pessoal em todo
mundo, segundo a Federação Internacional de Robótica, o que
representou um faturamento de US$ 1,2 bilhão. Esse número
inclui máquinas que fazem serviços domésticos, como o
aspirador de pó automático Roomba. Para o período de 2013 a
2016, a previsão é de 15,5 milhões de unidades, com vendas
de US$ 5,6 bilhões." (...)
06/06/14
•
Dinheiro não basta para inovar
(...) "Mas não é só isso. Por aqui,
ainda não são comuns projetos que nascem na universidade e
se transformam em empresas.O relacionamento entre setor
privado e academia tem melhorado recentemente, mas ainda
existem muitas incertezas. Uma delas, apontada na durante o
evento Fóruns Estadão – Inovação, Infraestrutura e
Competitividade, na quarta-feira, diz respeito à propriedade
intelectual. As empresas fecham acordo com universidades
públicas e depois o acordo acaba sendo contestado na
Justiça."(...)
01/06/14
•
Política de tecnologia
"O Brasil está mal em tecnologia e inovação. Quando pensamos
nos eletrônicos, temos uma política antiquada, que impõe
barreiras ao mercado interno para atrair montagem de
produtos finais no País. Existem alguns benefícios, como
empregos gerados por aqui e investimento obrigatório em
pesquisa, que, na prática, acaba gerando desenvolvimento de
software e treinamento de mão de obra. Os resultados, porém,
são ruins para o consumidor e para a própria competitividade
da economia brasileira. A tecnologia da informação é hoje
insumo básico para qualquer setor econômico, e os celulares
e computadores brasileiros estão entre os mais caros do
mundo. A indústria instalada aqui não é competitiva,
principalmente por causa da carga tributária, de gargalos
logísticos e da falta de produção local de componentes."
(...)
25/05/14
•
De onde vem a inovação
18/05/14
•
A explosão do vídeo
11/05/14
•
Barreiras às startups
04/05/14
•
A lógica das redes sociais
27/04/14
•
Neutralidade polêmica
23/12/14
•
Os problemas do Marco Civil
20/04/14
•
O futuro da tecnologia
14/04/14
•
3G e 4G da Copa estão atrasadas
14/04/14
•
Leilão de 700 MHz deve melhorar cobertura do 4G
13/04/14
•
Alta frequência
06/04/14
•
Mudanças no Marco Civil
31/03/14
•
Adeus ao Windows XP
30/03/14
•
O futuro da internet
26/03/14
•
Por que o Marco Civil é necessário
23/03/14
•
A morte do telefone
20/03/14
•
Uma série de TV para o PlayStation
16/03/14
•
Inovação devastadora
09/03/14
•
Quem é Satoshi Nakamoto?
06/03/14
•
Os alienígenas do Facebook
02/03/14
•
Moedas perdidas
23/02/14
•
Aposta móvel
16/02/14
•
Televisão versus celular
14/02/14
•
Ela, do Spike Jonze
09/02/14
•
Segredos de negócio
02/02/14
•
China tecnológica
26/01/14
•
Máquinas que leem emoções
19/01/14
•
Círculo completo
12/01/14
•
A balcanização da internet
08/01/14
•
Tigela inteligente
•
Política pública ruim
06/01/14
05/01/14
•
Tecnologia de ponta
2013
29/12/13
•
Pouca energia
22/12/13
•
Dinheiro digital
15/12/13
•
Fim da privacidade
08/12/13
•
Menos inovação
01/12/13
•
Conversa sobre iPhone
01/12/13
•
Peruca inteligente
24/01/13
•
A reinvenção de Bill Gates
17/11/13
•
Tablets e smartphones
10/11/13
•
O nó do Marco Civil
05/11/13
•
Tablets & Smartphones 2013
04/11/13
•
Polos tecnológicos do Sul
03/11/13
•
Celular de montar
27/10/13
•
Ninguém inova sozinho
27/10/13
•
Saúde móvel
24/10/13
•
Trailer de ‘Capitão América 2′
20/10/13
•
Empresa e universidade
17/10/13
•
Morrissey escreve sobre TV
16/10/13
•
A disputa pelo ‘Washington Post’
14/10/13
•
Empreendedorismo de impacto
13/10/13
•
Televisão em rede
10/10/13
•
Os xingamentos do Jeff Bezos
08/10/13
•
Livro sobre comunicação
07/10/13
•
Steve Ballmer vira Dr. Evil
06/10/13
•
Buscapé versus Google
06/10/13
•
Ficar para trás
03/10/13
•
O fim da ‘supertele nacional’
02/10/13
•
Oi + Portugal Telecom
29/09/13
•
Concentração de mercado
23/09/13
•
Centros tecnológicos do Nordeste
23/09/13
•
Tecnologia em Florianópolis
23/09/13
•
Filme brasileiro de stop motion
22/09/13
•
Fiscalização em risco
15/09/13
•
Ruptura e continuidade
14/09/13
•
Livraria Cultura contra Amazon
08/09/13
•
Espionagem digital
06/09/13
•
Oi adia pagamentos
05/09/13
•
Relógio estúpido
04/09/13
•
Microsoft + Nokia
06/09/13
•
A quebra da criptografia
02/09/13
•
Scarlett Johansson, alienígena
01/09/13
•
Os caminhos da inovação
25/08/13
•
Internet para todos
22/08/13
•
Teles querem que Anatel assuma papel de órgão regulador da internet
11/08/13
•
Jornalismo fora do eixo
04/11/13
•
O fim da TV analógica
28/07/13
•
Quandt de Oliveira
21/07/13
•
Tempo de mudança
14/07/13
•
Mais de 100 milhões
07/07/13
•
'A internet deve se tornar invisível'
07/07/13
•
Depois do mouse
30/06/13
•
Biotecnologia difícil
16/06/13
•
Quando as coisas vão mal
09/06/13
•
Polos de inovação
02/06/13
•
Paradoxo da produtividade
Renato Cruz - Resumo biográfico [Fonte]
Renato Cruz nasceu em São Paulo (SP) no dia
24 de maio de 1973.
É graduado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo (ECA-USP) desde 1995; na mesma instituição obteve os diplomas de
Mestrado (2000) e de Doutorado (2006) em Ciências da Comunicação.
Iniciou a carreira em 1996 como colaborador da Revista Nacional de
Telecomunicações, veículo impresso e virtual da área de novas tecnologias e ali
permaneceu até 2001.
Em seguida foi para o jornal O Estado de S.Paulo onde passou a trabalhar como
repórter da área de tecnologia e, posteriormente, a escrever para o caderno Link
e o de Economia para os quais produziu inúmeras reportagens e especiais sobre
assuntos de novas tecnologias, telecomunicações em geral e negócios do setor.
No veículo, também acumulou o trabalho na reportagem impressa com a atividade de
colunista do Blog Estadão, sobre os temas de sua especialidade. No grupo esteve
por quase 12 anos cobrindo o gigantesco mundo corporativo das telecomunicações
que abrange ainda área do varejo e os relacionamentos com os usuários de novas
tecnologias.
Em março de 2006 lançou o Blog do Renato Cruz onde passou a postar os textos e
matérias produzidos, além de ampliar os horizontes de cobertura do setor. Mantém
o blog no ar atualizado.
No início de 2012 ingressou como professor da graduação em Audiovisual no Centro
Universitário Senac. Em dezembro desse mesmo ano voltou a atuar para o jornal O
Estado de S.Paulo, dessa vez, como colunista do caderno Economia onde escreve e
comenta sobre negócios do setor de telecomunicações e novas tecnologias.
Em 2013 passou a acumular as atividades do impresso, do blog e as aulas no Senac
com a atividade de colunista da Rádio Estadão 700 AM; aos ouvintes do veículo
informa sobre as novidades do mercado das novas tecnologias.
É autor dos livros O que as empresas podem fazer pela inclusão digital (Ethos/CDI,
2004); TV digital no Brasil: tecnologia versus política (Senac São Paulo, 2008)
e O desafio da inovação: a revolução do conhecimento nas empresas brasileiras (Senac
São Paulo, 2011). Todas as obras na linha das perspectivas a respeito de
inovações tecnológicas.
Foi um dos colaboradores do e-book Para entender as mídias sociais - vol. 2,
organizado pela jornalista Ana Brambilla, e lançado pela Editora Globo em março
de 2012. O livro eletrônico e gratuito foi produzido com a colaboração
voluntária de 37 pesquisadores e profissionais da área. Contato: renato@renatocruz.com