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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[04/11/13]
Femtocell sem imposto é liberada pela Anatel, mas não poderá ser
usada em meta rural
A Agência Nacional de Telecomunicações publicou nesta segunda-feira (4), no
Diário Ofiial da União, o regulamento para uso das Femtocélulas em redes do
serviço móvel pessoal (SMP). A
resolução, muito aguardada pelo mercado, deve apoiar as operadoras a melhorar a
cobertura com um custo menor e de acordo com a concentração do consumo de dados.
Para os
fabricantes, a notícia significa uma nova rodada de venda de equipamentos e
soluções para as teles. Diversos fornecedores já anunciaram pilotos com as
operadoras e a Alcatel-Lucent
informou que já tem dois contratos assinados para fornecimento de small cells no
Brasil. A TIM prometeu o início da instalação em janeiro de 2014. Mas a
regulação impede o uso dessa
solução para cumprimento de obrigações e pode impedir a instalação de alguns
tipos de small cells em ambientes indoor.
Tanto operadoras quanto fornecedores destacaram, nas últimas semanas, a
importância da resolução – de 30 de outubro – porque isenta as femtocelulas de
licenciamento para instalação
e funcionamento. Ou seja, desonera os equipamentos do pagamento de contribuição
para o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) e possibilita maior
agilidade no processo
de instalação.
Esses benefícios, porém, não poderão ser usados para garantir o cumprimento de
obrigações assumidas nos leilões de frequência da operadora. O Artigo 26 veda a
utilização de
femtocélulas para “fins de atendimento das obrigações de cobertura definidas em
editais de licitação e na regulamentação do SMP, do SME e do SCM”. A inclusão
dessa regra deve frustar
uma parcela do mercado, que considerava usar/vender as células, a serem
combinadas com backhaul de rádio ou satélite, para a cobertura rural, conforme
previsto nas obrigações do
leilão de 4G em 2,5 GHz. “A regulamentação é um grande avanço, mas esperamos que
este ponto possa ser revisto”, afirmou um porta-voz da indústria ao
Tele.Síntese.
A regulamentação ainda define que a potência de pico máxima da Femtocélula,
medida na saída do transmissor, não pode ser superior a 1 Watt, algo que também
já foi motivo de
questionamento tanto por um fornecedor, como pelo presidente da TIM, Rodrigo
Abreu. Uma parcela do mercado avalia que para a cobertura outdoor será preciso
trabalhar com células de
potência entre 2 Watt e 5 Watt.
A definição de femtocélula apenas pela potência significaria incluir também
alguns equipamentos que tradicionalmente não se enquadram nessa categoria, por
terem escoamento via ERB e
não pela rede fixa. No entanto, uma regra sobre o modo de operação – aberta ou
fechada – pode limitar o uso das femtocélulas que se ligam às ERBs em
residências.
Modo de operação
De acordo com o texto, as femtocélulas podem ser usadas no modo aberto de
operação – em que quaisquer estações móveis e fixas de usuários vinculadas à
prestadora do SMP, do SME
ou do SCM podem ser atendidas pelo equipamento – ou no modo fechado, em que
somente estações de usuários vinculadas à prestadora do SMP, do SME ou do SCM
previamente
cadastradas e habilitadas podem ser por ela atendidas.
Mas, o regulamento prevê também que, caso a conexão da femtocélula fornecida
pela operadora, o dispositivo deve estar, obrigatoriamente, configurado para
trabalhar em modo aberto
(conectando todo e qualquer terminal que entre em sua zona de cobertura). Essa
regra pode vir a limitar a possibilidade da utilização em ambientes residenciais
de smallcells que
necessitem se conectar à uma ERB macros, uma vez que, em princípio, não estariam
utilizando a internet para conectar-se.
A única maneira prevista de utilização do acesso fechado é quando o usuário
fornece a conexão, nesse caso seria a internet fixa de casa, o modelo de conexão
das femto tradicionais.
“Mesmo que não haja uma definição explícita quanto ao modo de escoamento, essa
limitação no modo de operação pode acabar funcionando como um limitante
adicional ao
enquadramento de algumas soluções de smallcells nesse regulamento”, explica
Sandro Tavares, chefe de marketing de Mobile Core da Nokia Solutions Networks (NSN).
A Ericsson, que vem se posicionando favorável às small cells que se conectam à
ERB, informou por meio de nota que “permanece na expectativa pela emissão dos
requisitos técnicos para
testes e certificação que determinarão quais produtos serão contemplados pela
desoneração do Fistel.”
Outras exigências
Ainda, a femtocélula, estabelece o regulamento, deve possuir a capacidade de
detectar a sinalização proveniente de estações rádio base (ERBs), de
repetidores, de reforçadores, de
estações fixas e móveis e de outras femtocélulas, de modo a autoconfigurar seus
parâmetros e permitir ajustá-los para prevenir a deterioração da comunicação
dessas estações.
Conforme previsto, somente as prestadoras de serviço podem oferecer a
contratação de femtocélula e o fornecimento e a operação de Femtocélula mediante
contratação do usuário não
serão onerosos para o usuário.