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Leia na Fonte: Convergência Digital
[22/10/13]  Mercado cobra liberação das small cells no Brasil - por Fábio Barros

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Um dos maiores problemas a ser enfrentado em curto prazo pelo setor de telefonia móvel é necessidade de ampliação do acesso à banda larga móvel. Para fornecedores de infraestrutura como Ericsson, Tellabs e Alcatel, a melhor alternativa no momento seria o uso de small cells, mas há problemas a serem enfrentados.

De acordo com Clayton Cruz, executivo da Ericsson, o Brasil tem hoje uma densidade de 4 mil celulares por ERB (Estação Radio Base). Nos Estados Unidos, essa relação é de mil celulares por ERB e, no Japão e Espanha, de 500 celulares por ERB.

Ele lembra que as redes existentes hoje no Brasil foram projetadas com foco em cobertura, não em densidade, e que hoje seria muito difícil a implementação de novas ERBs no País. O problema é que, daqui até 2018, o tráfego móvel deve crescer 12 vezes. “O modelo atual não comporta esse crescimento, por isso a criação de hotspots em grandes centros é uma necessidade”, defende.

De todo modo, o executivo afirma que a mudança do modelo só será possível se houver coordenação das redes já existentes hoje e as small cell a serem criadas. “Há várias soluções disponíveis hoje no mercado, o desafio é selecionar qual o melhor produto para cada operadora”, afirma.

Outro ponto, lembrado por Tarcísio Ribeiro, da Tellabs, é a diversidade do mercado brasileiro, formado por grande extensão territorial e áreas com maior e menor densidade. “O desafio no Brasil é maior que em vários países. Aqui temos que combinar cidades com alta densidade e regiões subpopuladas”, explica.

Tudo isso se reflete na experiência do usuário. Um estudo realizado pela Ericsson no Brasil, Chile e México, mostra que, para 24% dos usuários, o mais importante no acesso à banda larga móvel é o desempenho da rede. O preço vem depois, com 15%. Falando especificamente do Brasil, o estudo apontou que 23% dos assinantes de banda larga móvel tem experiências iguais ou piores que 100 kbps. “Isso é um desastre”, afirma Clayton Cruz.

Para melhorar a situação, Cruz defende três focos de atuação: melhoria do que já há instalado nas redes macro; esforço para se densificar redes já existentes; iniciar o uso de small cells. Para Luís Tonisi, da Alcatel, o uso das small cells deverá causar uma disruptura no mercado. “Temos visto uma mudança no padrão de desenhos de rede, e aqui o uso de small cells é uma tendência”, diz. O executivo lembra que, nos Estados Unidos, grandes operadoras já usam de 20% a 30% de seus investimentos em small cells. “O objetivo é colocar a ERB mais próxima dos assinantes, escoando o tráfego”, conclui.