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Fonte: Decision Report
[30/08/17]
Três pontos fundamentais para a tecnologia 5G deslanchar
Os processos de densificação, virtualização e otimização de redes convergentes
são a chave para que a nova tecnologia possa ser implementada
A tecnologia wireless 5G, que está em processo de desenvolvimento, tem muitas
promessas associadas, inclusive com a entrega de até 10 Gbps de throughput por
usuário. Como todos os “Gs” que a precederam, o primeiro passo para definir e
implementar a 5G será assegurar que possa se adaptar ao crescimento de banda
larga móvel. A necessidade de suportar casos de uso de baixa latência ajudará a
dar forma à arquitetura de rede para que leve a capacidade tecnológica ao nível
mais avançado, equilibrada com a necessidade de uma maior eficiência, o que
melhora com a centralização. Encontrar o equilíbrio entre estas duas
necessidades opostas será um requisito chave para o trabalho de padrões de 5G.
“O 5G será uma ‘rede de redes’, uma convergência entre o com fio e o wireless
com ampla penetração de fibra em ambos para dar suporte à variedade de casos de
uso de 5G”, afirma César Franco Calderón, PMP, Engenheiro de aplicações Mobility
na CommScope. “O caminho até o 5G inicia com a evolução das redes wireless até
RAN Centralizado, trazendo consigo economia em gastos de funcionamento e de
capital, e depois até o Cloud RAN (C-RAN). A arquitetura C-RAN habilita a
virtualização e leva as os recursos de computação ao nível mais avançado. A
virtualização gera otimização e fornece uma melhor experiência de usuário, com
maior eficiência e capacidade de throughput, juntamente com menor latência.”
Para César Franco Calderón, conseguir a visão do 5G será possível de três formas
fundamentais nas redes convergentes: densificação, virtualização e otimização.
Densificação
Para que o 5G possa fornecer velocidades dez ou mais vezes maiores que as do 4G,
a melhor maneira de atingir isso é possuindo mais estações base (base stations)
dentro de uma área mais densa. As operadoras de redes móveis (MNO) começaram
promovendo a densificação de suas redes com tecnologias 3G e 4G por meio da
setorização e acrescentando Sistemas de Antenas Distribuidas (DAS) e small cells.
Da mesma maneira, a densificação também exige soluções mais sofisticadas de
infraestrutura de cabeamento para fronthaul, backhaul e energia.
“Embora o planejamento e implementação de um sistema de milhões de small cells
possa atuar como base da 5G, também dependerá da disponibilidade do espectro. A
tecnologia 5G exigirá ampliar espectro, o que pode ser alcançado tirando
proveito dos equipamentos de redes que também suportarão 3G e 4G existentes”,
destaca César Franco Calderón.
Essa densificação de células continuará, para poder proporcionar a capacidade e
velocidade de 5G, porém, também acrescenta mais complexidade às redes wireless,
por isso as tecnologias, como a virtualização de células, serão necessárias para
oferecer os benefícios completos da densificação.
Virtualização
Para poder controlar as fileiras de espectro nas redes de 5G, as operadoras
terão que virtualizar sua infraestrutura. À medida que os RAN Centralizados se
converterem em Cloud RANs, as operadoras poderão gerenciar a infraestrutura na
nuvem de qualquer lugar. Uma vez centralizadas as Unidades de Banda Base (BBUs),
grande parte do processamento rotineiro pode cair em servidores comerciais, o
que significa que as BBUs podem ser redesenhadas e reduzidas para
concentrarem-se em processamentos específicos mais complexos.
Grande parte do trabalho para definir o 5G está relacionado com uma nova
arquitetura de redes centrais das operadoras. A virtualização de células amplia
o conceito além das redes centrais até as ondas de rádio. “A virtualização de
células por meio de C-RAN também permite que as operadoras reutilizem de maneira
dinâmica e eficiente um recurso escasso e caro: o espectro. A virtualização de
células pode se transformar na base de como se dirigirá a mobilidade no futuro”,
assinala Calderón.
Otimização
A convergência de redes significa que tanto as redes wireless como com fio se
unirão para servir melhor aos usuários. As redes de fibra óptica terão uma
presença generalizada, transportando o tráfego das redes sem fio e movendo-se do
core até a borda da rede. A última milha poderia ser fibra ou wireless,
incluindo ondas milimétricas para conexões específicas na rede de acesso. O
acesso sem fio é claramente o preferido pelo usuário, porém será uma combinação
entre redes wireless e com fio o que finalmente os conectará ao core da rede.
O conteúdo se tornará mais complexo e exigirá latência ultrabaixa, não só no
caminho de acesso (que o 5G resolve), mas no core. Existirão problemas de
latência nos data centers do core da rede, e mover todo este conteúdo para as
bordas resolve este problema. Porém isto requer o uso de redes de distribuição
de conteúdo e a criação de data centers nas bordas da rede, por isso as
operadoras precisarão da capacidade de converter os data centers em um curto
período de tempo com soluções de alta densidade e alta velocidade, fáceis de
instalar e rápidas de implementar.
“Quanto mais aumenta a demanda por transmissão de dados de alta velocidade, a
importância da relação sinal/ruído (SNR) cresce. Como no caso das tecnologias 3G
e 4G, o caminho de radiofrequência também será crítico com a chegada da 5G, bem
como também será a necessidade de uma alta SNR para garantir um serviço de dados
sólido e cumprir as metas da 5G”, finaliza o Engenheiro de aplicações da
CommScope.