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Fonte: Agência Brasil
[12/11/07]  Governo cria grupo interministerial para promover inclusão digital no país  - Alana Gandra
 
 Rio de Janeiro - O desenvolvimento de uma infovia, rede nacional de fibras ópticas capazes de transmitir informações em tempo real, é uma das iniciativas previstas na portaria interministerial assinada hoje (12) para promover a inclusão digital no país.
 
Durante a abertura do Fórum de Governança na Internet (IGF, na sigla em inglês), os ministros de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e da Cultura, Gilberto Gil, assinaram o documento. Pela proposta, a infovia utilizaria as redes existentes no país e seria formada com apoio do setor privado.
 
O governo pretende incentivar a instalação de pontos públicos de acesso à internet. “O acesso à rede não pode ser prerrogativa de uma elite qualificada”, avaliou Unger. Segundo o ministro, o projeto também prevê o estímulo à produção de conteúdos nacionais e populares para a internet e ao governo eletrônico.
 
Outro ponto do projeto consiste em dar continuidade ao desenvolvimento de ferramentas para o cidadão se relacionar com o Poder Público por meio da rede mundial de computadores. “O Brasil precisa de uma estrutura de governança vanguardista, que dê vazão e voz não apenas aos governos e à iniciativa privada, mas também à sociedade civil”, disse Unger.
 
O ministro ressaltou que os primeiros passos do projeto foram dados. Ele admitiu, porém, que as ações são complexas e não podem ser desenvolvidas todas de uma só vez. “Esse é um grande experimento nacional libertador”, definiu.
 
Para Unger, a construção da infovia nacional permitirá a redução de custos de acesso à internet e garantirá o acesso a um contingente cada vez maior da população. “O próprio aumento de escala e a presença do Estado junto com as empresas ajudarão a diminuir radicalmente os custos de acesso”, ressaltou.
 
De acordo com o Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação (Nupef) da Rede de Informações para o Terceiro Setor (Rits), a tarifa de conexão à internet no sudeste brasileiro chega a ser 200% mais alta que na Europa. Hartmut Glaser, diretor do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br (NIC.Br), braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br), afirmou que, na média, o custo de conexão no Brasil é bem maior do que em outras nações. “O preço está muito alto”, disse.