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Fonte: Computerworld
[19/11/07]  CVM mantém ações da Telebrás em negociação e papéis saltam mais de 40%

Notícia de que o governo avalia utilizar a infra-estrutura da estatal em uma rede pública de banda larga garante o movimento de alta dos últimos dias.

A Telebrás pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que as negociações com seus papéis fossem suspensas na Bovespa. Até o momento, entretanto, o pedido não foi atendido e as ações da empresa, estatal esvaziada após a privatização das telecomunicações, vivem saltos de mais de 40% nesta segunda-feira (19/11).

A razão da alta, que já vem acontecendo nos últimos dias, foi uma entrevista do ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao jornal Folha de São Paulo na semana passada, onde comentou o estudo do governo para utilizar parte da infra-estrutura de fibras ópticas das estatais para uma rede de banda larga de uso público - para escolas, empresas da administração pública e bibliotecas, por exemplo.

Além da estrutura da Telebrás, também seria usada a rede da falida Eletronet e os dutos da Petrobras, de acordo com o ministro. O plano estaria sendo traçado por várias pastas do governo, segundo a reportagem publicada na Folha de São Paulo.

Questionada para explicar a alta nas ações, a Telebrás enviou carta à CVM para dizer que "não teve qualquer participação na divulgação da possível declaração do senhor Ministro, até porque cabe exclusivamente ao Ministério das Comunicações a formulação das políticas públicas de Comunicações".

O diretor de relações com investidores da Telebrás, Jorge da Motta e Silva, aproveita para pedir que, "não tendo a Telebrás e seus dirigentes dado motivos para as oscilações de suas ações, solicitam o bloqueio delas para negociação na abertura do pregão da Bovespa, ainda hoje, para permitir aos órgãos competentes e fiscalizadores a apuração da ocorrência atípica".

As ações continuam, entretanto, sendo negociadas. Procurada, a CVM ainda não retornou ao COMPUTERWORLD para esclarecer o assunto.

Por volta das 16h15 desta segunda-feira, as ações com direito a voto da Telebrás estavam com alta de 45,71%, negociadas a 0,51 centavos. Já as ações preferenciais subiam 62,95%, a 0,44 centavos.